Economia

Planalto quer conter Paim para aprovar mínimo

O senador Paulo Paim está em campanha contra o mínimo de R$ 545

Sessão de votação do reajuste do salário mínimo: governo venceu a batalha (Renato Araújo/Agência Brasil)

Sessão de votação do reajuste do salário mínimo: governo venceu a batalha (Renato Araújo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2011 às 10h46.

São Paulo - O governo vai tentar convencer o senador Paulo Paim a desistir de sua campanha contra a proposta que reajusta o salário mínimo para R$ 545. O Planalto não teme apenas que a posição de Paim influencie outros senadores da base aliada nessa votação. A maior preocupação é que o senador gaúcho, único dissidente da bancada do PT, queira aproveitar o debate sobre o salário mínimo para também tentar acabar com o fator previdenciário, que condiciona a aposentadoria do INSS à idade do trabalhador.

Ao contrário dos que rejeitam a fixação de uma idade limite para aposentadoria pelo Regime Geral da Previdência, o senador alega que isso já é feito pelo mecanismo do fator e “de forma injusta e cruel”.

“Quem ganha R$ 3,5 mil só pode se aposentar com R$ 1,8 mil ou R$ 2 mil, no máximo, devido ao fator previdenciário”, critica o senador.

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, já se manifestou favoravelmente ao fim do fator previdenciário, mas reconhece que dificilmente o assunto será tratado este ano.

Depois da vitória expressiva obtida na Câmara, o governo quer evitar que a discussão no Senado sobre o mínimo se transforme num problema. Na prática, o governo sabe que se alguma alteração for feita pelos senadores, o projeto terá que ser rediscutido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Brasíliacidades-brasileirasReajustes salariaisSalário mínimo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor