Economia

Pimentel defende proteção da indústria nacional

Ministro justificou a medida que acabou com as licenças automáticas para automóveis e autopeças estrangeiros

Fernando Pimentel negou que a medida seja uma retaliação à Argentina (Antonio Cruz/ABr)

Fernando Pimentel negou que a medida seja uma retaliação à Argentina (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 13h55.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, reiterou hoje (16) a defesa pelo fim das licenças automáticas para a venda de automóveis e autopeças. Segundo ele, a medida, tomada no último dia 12, foi adotada para proteger a indústria nacional uma vez que havia um desequilíbrio nas relações comerciais no que se refere a esse setor. A expectativa é que Pimentel conceda uma entrevista coletiva ainda hoje.

“Não é um tema especificamente relacionado com o nosso comércio com a Argentina. É uma questão geral adotada pelo ministério [MDIC] como forma de proteger a indústria automobilística já que a balança neste setor está fortemente desequilibrada contra o Brasil”, afirmou Pimentel, no Itamaraty, após reunião com a comitiva chinesa que está no Brasil para conversar sobre as relações comerciais entre os dois países.

Na semana passada, o governo brasileiro decidiu adotar medidas em contrapartida às barreiras criadas pelos argentinos aos produtos nacionais. No último dia 12, o MDIC anunciou que a partir de agora a importação de automóveis e autopeças não será mais por meio de licenças automáticas.

Na prática a medida faz com que o processo de entrada de produtos argentinos no Brasil possa demorar até 60 dias para ser aprovada. Segundo informaram os técnicos, a medida não inclui apenas a Argentina, mas também o México e a Coreia do Sul.

Na semana passada, Pimentel negou que a decisão seja uma retaliação às barreiras impostas aos produtos brasileiros. Segundo ele, uma carta foi encaminhada à ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, pedindo o fim das retenções de mercadorias brasileiras nas alfândegas argentinas.

Desde o ano passado, os empresários brasileiros reclamam que a Argentina cria dificuldades para o desembaraço de mercadorias brasileiras que chegam em suas alfândegas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaComércioComércio exteriorDados de Brasil

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte