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PIB sobe no trimestre, mas recua, comparado com 2008

Atividade industrial e serviços puxaram o índice na comparação com o trimestre anterior; no ano, agronegócio teve maior recuo

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2009 às 09h11.

O IBGE divulgou nesta quinta-feira os dados referentes ao PIB do terceiro trimestre de 2009. Comparando com o mesmo período do ano passado houve uma queda de 1,2%. Quando a comparação toma por base o trimestre anterior apurou-se um crescimento de 1,3% na série com ajuste sazonal, tendo como destaque o avanço da atividade industrial, com crescimento de 2,9%, seguida pelos serviços, com aumento de 1,6%.

Na comparação da atividade econômica com o mesmo período anualizado de 2008, a maior queda foi na atividade agropecuária, que teve queda de 9%. A atividade industrial recuou 6,9%, ao passo que o setor de serviços teve o melhor desempenho, avançando 2,1%, ajudando a melhorar a média do índice.

A alta registrada no terceiro trimestre foi inferior ao que os analistas esperavam. Uma pesquisa da agência Reuters mostrou que os economistas apostavam em uma alta de 2% em relação ao trimestre anterior - o mesmo porcentual era esperado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Já analistas ouvidos pela Agência Estado acreditavam em uma alta que variasse entre 1,60% e 2,90%, com mediana de 1,95%.

A queda na Agropecuária, além do desempenho da pecuária e da silvicultura, pode ser explicada pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre. Com exceção da cana-de-açúcar, com estimativa de crescimento anual de 6,9%, as estimativas para 2009 do trigo em grão (-15,1%), do café em grão (-13,8%), da mandioca (-0,3%) e da laranja (-0,1%) apresentaram quedas em relação ao ano anterior.

Na indústria, a maior queda foi na construção civil (-8,4%), seguida pela indústria de transformação (-7,9%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-3,3%) e a extrativa Mineral (-2,0%). Esta última queda pode ser explicada, em grande parte, pelo recuo (-22,1%) da produção de minério de ferro, já que houve aumento de 4,8% da produção de petróleo e gás.

O setor de serviços cresceu 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques foram intermediação financeira e seguros (6,1%); outros serviços (4,9%); serviços de informação (4,5%); administração, saúde e educação pública (3,2%) e serviços imobiliários e aluguel (1,4%). Por outro lado, houve quedas em transporte, armazenagem e correio (-2,9%) e comércio (-2,8%).

A despesa de consumo das famílias (3,9%) mostrou o vigésimo quarto crescimento consecutivo nessa comparação. Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi a elevação de 2,5% da massa salarial real, com aumento de ocupação e do rendimento médio real do trabalho. Além disso, apesar da desaceleração da taxa de crescimento trimestral em relação ao segundo trimestre, houve um crescimento, em termos nominais, de 17,9% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.

*Fonte: Da redação, com agências

 

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