PIB per capita cai mais em 2 anos do que em "década perdida"
Como a população cresce cerca de 0,8% por ano, o PIB precisaria crescer pelo menos isso em 2017 apenas para interromper a queda no produto por habitante
João Pedro Caleiro
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo - O PIB per capita do Brasil caiu 9,7% nos 2 anos que separam o 2º trimestre de 2014 e o 2º trimestre de 2016, segundo cálculo de Alberto Ramos, líder de pesquisa em América Latina do Goldman Sachs.
O tombo é maior até do que os 7,6% verificados nos 12 anos entre 1981 e 1992 conhecidos como "a década perdida", diz a nota.
A estimativa de Ramos é próxima dos 9,4% de queda do PIB per capita no triênio 2014-2015-2016 estimados recentemente por Silvia Matos, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
Essa seria a segunda pior queda da renda do brasileiro neste século, atrás apenas dos 12,4% registrados entre 1981 e 1983. A comparação de Ramos é diferente porque é com um período mais longo e com mais altos e baixos.
Entre 2000 e 2013, o PIB per capita subiu todos os anos com exceção de 2003 (queda de 0,2%) e 2009, auge da crise financeira internacional, quando caiu -1,2%.
Silvia diz que como a população cresce cerca de 0,8% por ano, o PIB precisaria crescer pelo menos nessa taxa em 2017 apenas para interromper a queda na renda per capita.
As estimativas de crescimento do PIB em 2017 estão atualmente na faixa entre 0,6% (Ibre) a 2% (MB Associados), com 1,3% previstos na visão de consenso do mercado expressa pelo Boletim Focus divulgado hoje.
Com a conclusão do impeachment, a dúvida agora é ate que ponto o governo de Michel Temer terá a capacidade de aprovar reformas profundas que retomem a confiança.
Segundo as estimativas de Ramos, o PIB brasileiro no 2º trimestre de 2016 estava no mesmo nível, em termos reais, do que no 3º trimestre de 2010.
São Paulo - O PIB per capita do Brasil caiu 9,7% nos 2 anos que separam o 2º trimestre de 2014 e o 2º trimestre de 2016, segundo cálculo de Alberto Ramos, líder de pesquisa em América Latina do Goldman Sachs.
O tombo é maior até do que os 7,6% verificados nos 12 anos entre 1981 e 1992 conhecidos como "a década perdida", diz a nota.
A estimativa de Ramos é próxima dos 9,4% de queda do PIB per capita no triênio 2014-2015-2016 estimados recentemente por Silvia Matos, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
Essa seria a segunda pior queda da renda do brasileiro neste século, atrás apenas dos 12,4% registrados entre 1981 e 1983. A comparação de Ramos é diferente porque é com um período mais longo e com mais altos e baixos.
Entre 2000 e 2013, o PIB per capita subiu todos os anos com exceção de 2003 (queda de 0,2%) e 2009, auge da crise financeira internacional, quando caiu -1,2%.
Silvia diz que como a população cresce cerca de 0,8% por ano, o PIB precisaria crescer pelo menos nessa taxa em 2017 apenas para interromper a queda na renda per capita.
As estimativas de crescimento do PIB em 2017 estão atualmente na faixa entre 0,6% (Ibre) a 2% (MB Associados), com 1,3% previstos na visão de consenso do mercado expressa pelo Boletim Focus divulgado hoje.
Com a conclusão do impeachment, a dúvida agora é ate que ponto o governo de Michel Temer terá a capacidade de aprovar reformas profundas que retomem a confiança.
Segundo as estimativas de Ramos, o PIB brasileiro no 2º trimestre de 2016 estava no mesmo nível, em termos reais, do que no 3º trimestre de 2010.