O produto interno bruto (PIB) da maior economia do mundo registrou, no terceiro trimestre deste ano, um crescimento anualizado de 8,2%, confirmando as estimativas divulgadas no ínicio do mês, segundo informou nesta terça-feira (23/12) o Bureau of Economic Analysis, do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

Os gastos dos consumidores, que representam dois terços dò PIB, se mostraram muito mais intensos do que as estimativas anteriores e registraram o maior crescimento em 17 anos, ou 6,9% em números anualizados, contra 3,3% no segundo trimestre. Trata-se, segundo analistas ouvidos pela imprensa americana, do melhor desempenho da economia do país em quase 20 anos no terceiro trimestre. Em dados reais, o crescimento no segundo trimestre foi de 3,1%, segundo o Departamento de Comércio.

Os gastos das empresas, porém, foram inferiores às estimativas. Eles cresceram 12,8% no terceiro trimestre, contra um expectativa de 14%. Os gastos com máquinas e programas de computador cresceram 17,6%, versus uma estimativa inicial de 18,4%. O setor de máquinas e software, porém, foi um dos maiores contribuidores para o crescimento, ao lado do investimento em imóveis, que cresceu 12,8% no terceiro trimestre, contra 7% no segundo trimestre.

Outro destaque foram as exportações. Impulsionadas pela política de dólar fraco do governo Bush, elas cresceram 9,9%. Já as importações cresceram 0,8%. No segundo trimestre, as exportações haviam caído 1,1%, e as importações, crescido 9,1%.

Apesar dos maiores gastros, a pesquisa períodica da Universidade de Michigan verificou queda no índice de confiança do consumidor. O índice foi de 92,6 em dezembro, contra 93,7 em novembro. O índice de expectativa de consumo, porém, cresceu de 88,1 para 89,8.