Economia

PIB do Brasil no 3º tri deve subir 0,3%, com incerteza para 2018

ÀS SETE - Crescimento deve ser, mais uma vez, puxado pelo consumo das famílias, mas um outro segmento deve contribuir: o de investimentos

PIB: após 14 quedas em 15 trimestres, o indicador de investimento deve ser positivo com a compra de máquinas e equipamentos voltando a crescer (Germano Lüders/Exame)

PIB: após 14 quedas em 15 trimestres, o indicador de investimento deve ser positivo com a compra de máquinas e equipamentos voltando a crescer (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 06h27.

Última atualização em 1 de dezembro de 2017 às 07h24.

O Produto Interno Bruto do terceiro trimestre deve trazer uma boa notícia ao ser divulgado nesta sexta-feira. A expectativa de economistas é que a economia do país tenha crescido 0,3% em comparação com o trimestre anterior e cerca de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescimento deve ser, mais uma vez, puxado pelo consumo das famílias, mas um outro segmento deve contribuir: o de investimentos.

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Após 14 quedas em 15 trimestres, o indicador de investimento deve ser positivo com a compra de máquinas e equipamentos voltando a crescer.

O aumento desse segmento, traz esperança de que, após a penúria, 2018 seja um ano de alta consistente no PIB.

Economistas projetam um avanço de 2,5% em 2018. Já o governo está mais animado. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou recentemente que o crescimento pode ser de 4% por conta da grande capacidade ociosa da indústria.

Como ressalta o economista Celso Toledo em sua última coluna em EXAME, uma parte do terreno perdido com o “apagão” brasileiro dos últimos dois anos poderá ser recuperada sem grandes esforços – mas nem tudo voltará no curto prazo”.

Para ajudar o país a chegar ao tão sonhado 4%, o governo poderia, por exemplo, parar de fazer sacrifícios econômicos por interesses políticos.

Nesta semana, o governo fez um acordo com deputados para lançar um novo Refis (programa de parcelamento com desconto de dívidas) que dará um desconto de 90% das dívidas das micro e pequenas empresas. O acordo desfigura, mais uma vez, uma proposta que poderia trazer boas receitas.

A justificativa, como sempre, é que o governo está fazendo sacrifícios para tentar salvar a improvável e combalida aprovação da reforma da Previdência.

A medida, aliás, poderia ser uma alavanca e tanto para os 4%, aumentando a confiança do empresariado e trazendo maior estabilidade em um ano eleitoral.

As eleições de 2018 seguem como um risco incalculável para a economia do país. O PIB do terceiro trimestre deve vir como um alento de que a crise ficou definitivamente para trás. A força da retomada continua totalmente em aberto.

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