Economia

PIB cai menos que o previsto, reafirma secretário especial de Fazenda

Para Waldery Rodrigues, fundo do poço da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus foi em abril

Waldery Rodrigues: "A economia não teve uma queda tão intensa como esperada. O fundo do poço foi abril e diversos dados já mostram alguma recuperação a partir de maio" (Amanda Perobelli/Reuters)

Waldery Rodrigues: "A economia não teve uma queda tão intensa como esperada. O fundo do poço foi abril e diversos dados já mostram alguma recuperação a partir de maio" (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de julho de 2020 às 17h40.

Última atualização em 22 de julho de 2020 às 18h43.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, repetiu nesta quarta, 22, a avaliação de que a queda do produto interno bruto (PIB) em 2020 não será tão elevada como se esperava no começo da crise decorrente da pandemia de covid-19. Na semana passada, a equipe econômica manteve a projeção para a recessão deste ano em uma retração de 4,7%.

"A economia não teve uma queda tão intensa como esperada. O fundo do poço foi abril e diversos dados já mostram alguma recuperação a partir de maio", afirmou, em coletiva para apresentação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

De acordo com o relatório de hoje, o rombo nas contas públicas do governo central deve encerrar este ano em 787,449 bilhões de reais.

Folga no teto

Apesar do déficit estimado em 787,449 bilhões de reais neste ano, secretário Waldery Rodrigues destacou que o governo ainda terá uma folga de 2,804 bilhões em relação ao teto de gastos deste ano.

Para combater a pandemia do novo coronavírus, o governo federal recebeu autorização do Congresso para gastar mais do que estava previsto para este ano, no que foi batizado de "orçamento de guerra" — que não está sujeito às amarras do teto de gastos por se tratarem de despesas emergenciais. A equipe econômica também não precisa cumprir a meta de déficit primário de 2020, que era de 124 bilhões de reais.

Waldery comentou ainda que a maior parte da queda na arrecadação na crise tem ocorrido nas receitas administradas. De acordo com o 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, a projeção para a receita primária total no ano caiu 21,201 bilhões de reais, de 1,477 trilhão para 1,456 trilhão de reais. A previsão para as receitas administradas ficou 23,040 bilhões de reais menor, passando de 914,334 bilhões para 891,294 bilhões de reais.

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