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PIB africano deve crescer 4,8% em 2014 e 5,7% em 2015

A economia africana deve acelerar e crescer a 4,8% neste ano e 5,7% em 2015, segundo relatório de entidades

Marrocos: país teve o melhor comportamento de toda a região norte da África em 2013 (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 13h20.

Paris - A economia africana, que demonstrou grande resistência à crise financeira e cresceu 3,9% no ano passado, deve acelerar essa progressão neste ano a 4,8% e no próximo a 5,7%, graças ao reforço da demanda global de matérias-primas, mas também por uma maior estabilidade política e social.

Este é o cenário descrito em um relatório divulgado nesta segunda-feira conjuntamente pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ), o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que constatam evoluções diferentes por região.

O ritmo de progressão global do continente africano, que já no ano passado foi melhor que no conjunto do mundo, voltará a ser em 2014 e se situará acima do da América Latina (em torno de 3%), mas continuará sendo inferior a outra das grandes áreas em desenvolvimento, o sudeste asiático (5,4%).

A Nigéria, que após a mudança de base de cálculo de seu Produto Interno Bruto (PIB) passou a ser a primeira economia da África, muito à frente da África do Sul, vai repetir o feito nos dois próximos anos com taxas superiores a 7% (7,2% em 2014 e 7,1% em 2015), e isso graças aos setores não petroleiros, já que o dos hidrocarbonetos é o grande ponto negro que escurece estas perspectivas.

Esses números são submissos, além da contração da atividade petrolífera (por roubos de petróleo e atos de vandalismo, assim como pela contração de investimentos em prospecção), aos problemas de segurança no nordeste, onde atua o grupo extremista Boko Haram, às rivalidades no delta do Níger pelo controle dos recursos e a um possível recesso brusco nas reformas perante as eleições de 2015.

A região menos dinâmica da África continuará sendo a faixa norte, que desde a "Primavera Árabe" de 2011 ficou tocada por grandes incertezas políticas e sociais e, embora deveria se recuperar após uma ascensão de seu PIB de só 1,9% em 2013, neste ano terá uma alta de 3,1%.


O caso mais eloquente pelas altas e baixas dos números é o da Líbia, cuja economia afundou 12,1% no passado ano por causa das interrupções nas exportações de petróleo pelas divisões regionais e tribais com alterações de provisões nas zonas dos jazidas e nos portos.

A OCDE, o BAD e o Pnud estimam que "se não houvesse os problemas de segurança, e em particular os incidentes nos terminais petrolíferos", seu PIB deveria se recuperar 4,3% em 2014 e disparar 22,4% em 2015.

No Egito, o Estado mais povoado da bacia mediterrânea, o grande problema é a incerteza política em que está imerso após a derrocada em julho de 2013 do anterior presidente, o islamita Mohammed Mursi, e a adoção de uma nova Constituição em janeiro passado.

Os três organismos esperam uma alta do PIB egípcio neste ano de 2,1%, como em 2013, e de 3,6% em 2015.

Na Argélia, a aceleração esperada (4,3% neste ano após 3% em 2013 e com a meta de 4,2% em 2015) terá como principais espoletas uma recuperação nas exportações de hidrocarbonetos e o gasto público dirigido sobretudo ao investimento em apoio da demanda.

O Marrocos, que teve o melhor comportamento de toda a região norte da África em 2013 (4,7%), especialmente pela vitalidade de seu setor agrícola, deveria passar a 3,2% em 2014 e a 4,6% em 2015.

Os autores do relatório julgam "encorajador" o resultado conquistado até agora e o vinculam ao fato do país "saber aproveitar sua estabilidade política e social".

Na mesma linha, destacam os programas para transformar e diversificar a economia marroquina e consideram factível o alvo de criar 220 mil novos empregos até 2015 com dois setores industriais que oferecem potencialidades em termos de crescimento e de inovação: o automóvel e a aeronáutica.

Os ascensões mais rápidas do PIB nos dois anos da previsão em termos relativos são em Serra Leoa (12,7% de média anual) e Chade (10,1%).

Caso à parte está Guiné Equatorial, o único dos 54 países do continente no qual se espera uma queda de sua atividade no período 2014-2015, com uma baixa de 1,8% neste ano (pior que 1,4% de retrocesso em 2013) e de 8,5% em 2015.

Nota: 66,5 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Risco legal e regulatório Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
  • 2. 2. Chile

    2 /20(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Nota: 64,5 Posição no ranking anterior: 11º Destaque (nota acima de 66): Política em relação à iniciativa privada e competição Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
  • 3. 3. China

    3 /20(Getty Images)

  • Nota: 62,7 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Crescimento da produtividade do trabalho Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice do mercado de ações
  • 4. 4. Nova Zelândia

    4 /20(Getty Images)

    Nota: 62,6 Posição no ranking anterior: 13º Destaque (nota acima de 66): Expectativa de vida escolar Fraqueza (nota abaixo de 33): Pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB
  • 5. 5. Canadá

    5 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 62,3 Posição no ranking anterior: 16º Destaque (nota acima de 66): Assinantes de banda larga por 100 habitantes Fraqueza (nota abaixo de 33): Valor de fusões e aquisições internas
  • 6. 5. Finlândia

    6 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 62,3 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
  • 7. 7. Cingapura

    7 /20(Suhaimi Abdullah/Getty Images)

    Nota: 61,9 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do investimento direto interno
  • 8. 8. Israel

    8 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 61,8 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Investimento em pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento per capita do consumo privado
  • 9. 10. Noruega

    9 /20(Getty Images)

    Nota: 60,9 Posição no ranking anterior: 14º Destaque (nota acima de 66): Impostos sobre corporações Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do gasto em tecnologia da informação
  • 10. 11. Estados Unidos

    10 /20(Getty Images/Scott Olson)

    Nota: 60,5 Posição no ranking anterior: 20º Destaque (nota acima de 66): Valor das fusões e aquisições internas Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
  • 11. 13. Malásia

    11 /20(Lam Yik Fei/Bloomberg)

    Nota: 59,5 Posição no ranking anterior: 24º Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Assinantes de banda larga por 100 habitantes
  • 12. 13. Coreia do Sul

    12 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 59,5 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Qualidade do sistema regulatório financeiro
  • 13. 15. Japão

    13 /20(Keith Tsuji/Getty Images)

    Nota: 58,8 Posição no ranking anterior: 25º Destaque (nota acima de 66): Crescimento do investimento direto interno Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do valor do índice de mercado de ações
  • 14. 16. Hong Kong

    14 /20(Ronald Martinez/Getty Images)

    Nota: 58,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Estabilidade política Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento na taxa de assinantes de banda larga
  • 15. 17. Alemanha

    15 /20(Adam Berry/Getty Images)

    Nota: 57,9 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Peso dos impostos corporativos
  • 16. 18. Taiwan

    16 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 57,7 Posição no ranking anterior: 12º Destaque (nota acima de 66): Acesso das firmas ao capital de médio prazo Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento da produtividade do trabalho
  • 17. 19. Tailândia

    17 /20(Wikimedia Commons)

    Nota: 56,4 Posição no ranking anterior: não estava Destaque (nota acima de 66): Crescimento real do PIB Fraqueza (nota abaixo de 33): Crédito ao setor privado como porcentagem do PIB
  • 18. 20. Áustria

    18 /20(Getty Images)

    Nota: 55,9 Posição no ranking anterior:Destaque (nota acima de 66): Taxa de desemprego Fraqueza (nota abaixo de 33): Porcentagem da população abaixo dos 30 anos
  • 19. 42. Brasil

    19 /20(Flickr upload bot / Wikimedia Commons)

    Nota: 47,9 Posição no ranking anterior: 31º Destaque (nota acima de 66): Qualidade do sistema regulatório financeiro Fraqueza (nota abaixo de 33): Crescimento do consumo privado per capita
  • 20 /20(REUTERS/Stringer)

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