Petróleo mantém alta e tem maior preço desde março
Cortes de ofertas e volta da demanda em meio à flexibilização de lockdowns relacionados ao coronavírus têm feito preços se recuperarem após forte queda
Reuters
Publicado em 21 de maio de 2020 às 17h07.
Última atualização em 21 de maio de 2020 às 17h12.
O petróleo Brent, valor de referência internacional, avançou 1% nesta quinta-feira e atingiu o maior nível desde março, apoiado pela queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos, por cortes de ofertas liderados pela Opep e pela recuperação da demanda em meio à flexibilização dos lockdowns relacionados à pandemia de coronavírus .
O preço do petróleo teve um colapso em 2020, com o Brent sendo negociado a uma mínima de 21 anos em abril, abaixo da marca de 16 dólares por barril. Mas com o aumento no consumo de combustíveis e mais sinais de que o excesso de oferta está sendo contido, o valor "benchmark" global mais do que dobrou desde então.
Nesta quinta-feira, o petróleo Brent fechou em alta de 0,34 dólar, ou 1%, a 36,09 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA avançou 0,43 dólar, ou 1,28%, para 33,92 dólares o barril.
O mais recente sinal de que o excesso de oferta está diminuindo veio dos estoques norte-americanos de petróleo, que recuaram em 5 milhões de barris na semana passada. Analistas esperavam um aumento.
Ao mesmo tempo, há evidências de recuperação na demanda. Grandes companhias aéreas dos EUA e a Air Canada informaram na terça-feira que o cancelamento de passagens diminuiu e que houve melhoria nas reservas de assentos para algumas rotas, embora executivos digam que a demanda geral permanece fraca.
"O rali nos futuros do petróleo está começando a se aproximar de níveis nos quais os declínios na produção de 'shale' (petróleo não convencional) dos EUA vão começar a desacelerar e possivelmente ser revertidos, à medida que produtores de baixo custo tentam gerar receita", disse Jim Ritterbush, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois.