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Petrobras eleva preço médio do gás de cozinha em 8,9%

A empresa frisou que reflexos no preço final ao consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores

Gás: o último reajuste ocorreu há cerca de um mês (Damien Meyer/AFP)
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Reuters

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 15h30.

Última atualização em 4 de dezembro de 2017 às 16h44.

Rio de Janeiro - A Petrobras elevará os preços do gás de cozinha a distribuidoras em 8,9 por cento a partir de terça-feira, impulsionando para cerca de 68 por cento a alta acumulada desde o início de junho, quando a estatal anunciou uma nova política de preços do produtos com reajustes mais frequentes.

Em nota nesta segunda-feira, a Petrobras explicou que o aumento segue a alta dos preços globais do produto, que acompanharam o petróleo tipo Brent, negociado atualmente perto dos maiores níveis em mais de dois anos, acima de 60 dólares o barril.

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"O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, que acompanharam a alta do Brent", disse a estatal.

O preço do petróleo Brent, no entanto, subiu pouco mais de 30 por cento no acumulado desde o início de junho, quando passou a vigorar a nova política de gás da Petrobras, que tem tido impacto direto para o bolso dos consumidores.

Na época, a empresa informou que os preços do gás de cozinha são formados pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5 por cento.

Explicou ainda que, por questões de regulação governamental, a fórmula não inclui a necessidade de a empresa manter suas margens em linha com paridade de importação, o que acontece com outros combustíveis, uma vez que o gás é bem de primeira necessidade da população.

A propósito, os reajustes do gás de botijão têm sido fator de alta na composição do índice de inflação, assim como os preços da gasolina, que estão em níveis recordes, junto com as tarifas de energia elétrica.

Pelos cálculos do Sindigás, associação das empresas distribuidoras de gás liquefeito de petróleo, o preço praticado pela Petrobras para as embalagens de até 13 quilos ainda está cerca de 1,3 por cento abaixo do preço de paridade internacional, com o reajuste anunciado nesta segunda-feira.

A Petrobras destacou em nota que reflexos do reajuste para o consumidor vão depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.

Caso a elevação de 8,9 por cento do preço seja repassada integralmente ao consumidor, a Petrobras calcula que o botijão poderá ser reajustado, em média, em 4 por cento ou cerca de 2,53 reais por botijão, considerando a manutenção das margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.

O último reajuste ocorreu há cerca de um mês, quando a Petrobras elevou o botijão de gás 4,5 por cento, que se seguiu a uma alta de 12,90 por cento em outubro.

A alteração anunciada nesta segunda-feira não se aplica ao GLP destinado a uso industrial e comercial, cujo preço foi elevado pela Petrobras no sábado em 5,3 por cento, também devido as cotações internacionais.

No acumulado desde o início de julho, o GLP industrial da Petrobras registra aumento de cerca de 36 por cento.

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