Economia

Para ACSP, BC continua empenhado em conter inflação

Associação Comercial de São Paulo declarou que alta de 0,5% indica que a instituição financeira continua empenhada em conter a inflação


	Centro de comércio popular da Rua 25 de Março: reunião do Copom aumentou a Selic para 9,5% ao ano
 (Marcelo Camargo/ABr)

Centro de comércio popular da Rua 25 de Março: reunião do Copom aumentou a Selic para 9,5% ao ano (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 21h30.

São Paulo - A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) declarou nesta quarta-feira, 9, que a alta de 0,5 ponto porcentual na Selic, para 9,5% ao ano, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), indica que a instituição financeira continua empenhada em conter a inflação.

"Ao elevar a taxa Selic para 9,5%, com aumento de meio ponto porcentual, em linha com o consenso de mercado, o Banco Central parece continuar disposto a atuar para conter a alta da inflação - que, apesar de ter mostrado recuo, continua acima da meta anual (4,5%)", afirma o presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Amato, em nota.

De acordo com Amato, no entanto, o BC deve agora pôr no radar a preocupação com a atividade econômica. "Daqui para a frente, devido à fraca recuperação do nível de atividade econômica, num contexto de queda dos índices de confiança, e ao menor patamar alcançado pela taxa de câmbio, poderia ser conveniente dosificar o aumento dos juros. Porém, desde que a política fiscal implementada seja efetivamente neutra em termos de inflação", afirma.

FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) avalia que a decisão do BC de elevar o juro foi acertada, pois "o ambiente macroeconômico brasileiro não permite ao Banco Central (BC) flexibilizar suas ações contra a inflação".

De acordo com a entidade, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda está em patamar elevado, embora no acumulado de 12 meses já venha apresentando desaceleração. Além do aumento desta quarta-feira, a FecomercioSP prevê que o Copom aplicará mais um aumento de 0,25 ponto porcentual na reunião de novembro, o que contribuirá para levar a inflação a fechar 2013 em 5,2%.

Abad

O aumento do juro amplia o quadro de dificuldades do empresariado brasileiro. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), José do Egito Frota Lopes Filho. Segundo ele, embora o Banco Central (BC) cumpra seu papel técnico ao elevar o juro para conter a alta inflação, esse aumento ganha força ao lado de entraves já existentes para a retomada da economia, como excesso de tributos e de regulação.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomInflaçãoJurosMercado financeiro

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame