Economia

País terá que de alguma forma mudar a regra de ouro, diz Mansueto

Regra impede o governo de emitir dívida para custear despesas que não sejam de investimento

Mansueto: "A solução para informalidade não é colocar 40 milhões de pessoas em programa de transferência de renda" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Mansueto: "A solução para informalidade não é colocar 40 milhões de pessoas em programa de transferência de renda" (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2020 às 13h17.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 13h19.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o Brasil terá que mudar "de alguma forma" a chamada regra de ouro, que impede o governo de emitir dívida para custear despesas que não sejam de investimento. "O Brasil não cumprirá a regra de ouro até o fim deste governo e talvez até o inicio do próximo, o buraco fiscal ficou muito grande", afirmou.

Ele não deu detalhes de como a mudança na regra poderia ser feita.

Em audiência virtual na Comissão Mista de Acompanhamento da covid-19 do Congresso Nacional, Mansueto disse ainda que o Tesouro Nacional tem vendido títulos com prazo mais curto porque os investidores estão exigindo taxas maiores para comprar os papéis mais longos, apostando, assim, em uma deterioração na economia brasileira.

"Não estou referendando taxas altas de títulos longos, não acredito que Brasil terá problema no futuro", afirmou o secretário.

Ele defendeu ainda uma mudança na economia para reduzir a informalidade. "A solução para informalidade não é colocar 40 milhões de pessoas em programa de transferência de renda", acrescentou.

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