País tem melhor superávit primário para abril desde 2015, diz BC
Superávit primário de 12,90 bilhões de reais em abril diminuiu o rombo em 12 meses para 2,29 por cento do Produto Interno Bruto
Reuters
Publicado em 26 de maio de 2017 às 11h08.
Última atualização em 26 de maio de 2017 às 11h18.
Brasília - O setor público consolidado brasileiro registrou superávit primário de 12,908 bilhões de reais em abril, melhor resultado para o mês desde 2015, diante do forte corte promovido nas despesas pelo governo federal.
Segundo pesquisa Reuters, analistas estimavam saldo positivo bem menor, de 5 bilhões de reais para o mês, que é tradicionalmente positivo por pagamento de alguns impostos.
Segundo o BC , o governo central (governo federal, BC e INSS) conseguiu registrar saldo positivo de 11,451 bilhões de reais em abril na economia feita para pagamento de juros da dívida pública. Ao mesmo tempo, os governos regionais (Estados e municípios) ficaram no azul em 867 milhões de reais e as empresas estatais em 590 milhões de reais.
Nos quatro primeiros meses do ano, o setor público acumula superávit primário de 15,106 bilhões de reais, acima dos 4,411 bilhões de reais de igual período de 2016.
Em 12 meses, contudo, o déficit primário é de 2,29 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), a 145,096 bilhões de reais.
O Tesouro Nacional já havia divulgado na véspera forte superávit para o governo central, alcançado por conta da intensa tesourada nas despesas totais, com destaque para o corte nos gastos discricionários.
Para este ano, a meta para o setor público é de déficit primário de 143,1 bilhões de reais. A cifra inclui rombo de 139 bilhões de reais do governo central, de 3 bilhões de estatais federais e de 1,1 bilhão de reais de Estados e municípios.
Este será o quarto resultado negativo consecutivo do país, num reflexo da deterioração das contas públicas e da dificuldade para recolocá-las em ordem diante da recessão econômica e do forte engessamento do Orçamento.
O BC informou ainda que o país registrou em abril déficit nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros da dívida-- de 15,423 bilhões de reais, em decorrência dos juros nominais de 28,331 bilhões de reais.
Ainda no mês passado, a dívida líquida do país ficou estável em 47,7 por cento do PIB, ao passo que a dívida bruta avançou a 71,7 por cento do PIB, ante 71,5 por cento em março.