O Brasil registrou a criação de 716 604 empresas em 2004, que absorveram 1,537 milhão de pessoas. No mesmo período, foram fechados 529 587 negócios, com o corte de 991 387 vagas. O saldo líquido foi o advento de 187 017 novas empresas no ano retrasado, que incrementaram o mercado de trabalho com 546 063 vagas.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as microempresas, com até quatro funcionários, representaram a grande maioria dos negócios abertos naquele ano - 94% do total. Esse segmento também respondeu por 61,9% dos empregos abertos. Na outra ponta, as microempresas com até quatro pessoas também foram as que mais fecharam no período - 96,7% dos negócios, o que correspondeu a 72,4% do total de postos extintos.

Por ramo de atividade, o comércio foi o setor que liderou a abertura e fechamento de empresas. Segundo o levantamento do IBGE, em 2004, surgiram 387 275 novas empresas de comércio, mas foram encerradas 292 557. A indústria foi o ramo que menos criou novos negócios naquele ano - 64 591 -, e também o que menos extinguiu: 49 688 empresas. Já o setor de serviços criou 188 831 empreendimentos e fechou 132 513. Na categoria outros tipos de empresas, houve a abertura de 75 907 companhias, e o fechamento de 54 829.

O IBGE também destacou a baixa longevidade das companhias brasileiras. Em 2004, 45,1% dos negócios abertos em 1997 já não estavam mais no mercado. O porte da empresa também favorece sua permanência no ambiente de negócios. Um ano após a abertura, 80,1% das empresas com até quatro funcionários permaneciam abertas. Na faixa superior a 500 empregados, a taxa de sobrevivência era de 93,8%. Depois de sete anos, 46,1% das microempresas com até quatro pessoas já não existiam. Entre as com 500 ou mais funcionários, apenas 19,9% haviam saído do mercado.