Para Dilma Rousseff, o ajuste fiscal é fundamental para alcançar 1,2% de superávit primário (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2015 às 16h23.
Brasília - Na semana em que o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Geral da União, a presidente Dilma Rousseff informou que o governo fará um contingenciamento “significativo” nos recursos previstos. Segundo ela, é preciso fazer cortes para cumprir a meta do superávit primário.
“Tivemos, agora, aprovado nosso orçamento. Assim que sancionado, vamos fazer um contingenciamento que será significativo. Não será um pequeno contingenciamento”, disse hoje (20) a presidente, durante entrevista a jornalistas após participar de cerimônia no Rio Grande do Sul.
“É fundamental que tratemos do contingenciamento, porque temos um objetivo, que é fazer 1,2% de superávit primário. Para fazer isso, contamos com as medidas que enviamos ao Congresso e também com um processo de redução dos nossos gastos, o que só pode ser feito depois do orçamento aprovado”, explicou.
O Orçamento da União foi aprovado com quase três meses de atraso. A proposta deveria ter sido votada no fim do ano passado, para vigorar a partir de 1º de janeiro. Por falta de acordo, a votação foi adiada várias vezes. Até a sanção da proposta orçamentária para 2015, o governo continuará usando um doze avos para custeio e despesas permanentes.
Dilma Rousseff voltou a defender a agilidade na aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo. De acordo com a presidente, a aprovação é imprescindível para o país e permitirá que o governo, a economia e sociedade saiam de uma situação de maior restrição.
“É necessário que se aprove o ajuste fiscal e que a gente use o orçamento aprovado para fazer o contingenciamento. A partir daí, todas as demais medidas serão tomadas."