Economia

OIT lembra importância de permitir amamentação no trabalho

"O direito a continuar amamentando após a volta ao trabalho, uma vez terminada a licença-maternidade, é importante para a saúde da mãe e de seu filho"

Símbolo da amamentação: a OMS recomenda o leite materno como único alimento até os seis meses de vida e indica mantê-lo (Matt Daigle/Mothering.com)

Símbolo da amamentação: a OMS recomenda o leite materno como único alimento até os seis meses de vida e indica mantê-lo (Matt Daigle/Mothering.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 13h35.

Genebra - Na Semana Mundial da Amamentação, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lembrou nesta sexta-feira a importância de as mães amamentarem seus bebês no local de trabalho.

"O direito a continuar amamentando após a volta ao trabalho, uma vez terminada a licença-maternidade, é importante para a saúde da mãe e especialmente para a saúde de seu filho", disse Manuela Tomei, diretora do Departamento de Proteção dos Trabalhadores da OIT.

Os empresários também têm benefícios permitindo às mães prolongar o máximo possível o aleitamento, acrescentou Tomei, porque se garante um maior índice de reintegração laboral após a licença-maternidade e se promove uma maior identificação com a empresa.

"Os empresários que dão tempo para as mães amamentarem e oferecem um local em que possam fazer isso em condições de higiene, se beneficiam em termos de aumento da produtividade por diminuir o absentismo parental, uma maior taxa de volta ao trabalho e aumento da motivação do empregado", explicou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação materna prolongada é a melhor maneira de alimentar os bebês e de fortalecer seu sistema imunológico.

O órgão recomenda o leite materno como único alimento até os seis meses de vida e indica mantê-lo, ao passo que se incorporam outros elementos à dieta, até os dois anos.

A OIT lembrou que em 92 países do mundo as legislações nacionais concedem às mães pausas em suas jornadas trabalhistas para amamentar os filhos, no geral por até uma hora diária, que se costuma dividir em duas pausas de meia hora.

No entanto, ainda são muitas as mães, segundo a Organização, que se veem obrigadas a escolher entre voltar a trabalhar e deixar a amamentação ou enfrentar o risco de perder o emprego.

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