Economia

OCDE vê contração de 4% no Brasil em 2016

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou sua projeções de crescimento global em 2016 para 3,0 por cento


	Bandeira do Brasil: o Brasil está entre uma das maiores vítimas da queda dos preços das commodities
 (Getty Images)

Bandeira do Brasil: o Brasil está entre uma das maiores vítimas da queda dos preços das commodities (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 09h00.

Paris -  A OCDE jogou água fria em qualquer esperança de uma aceleração do crescimento econômico global este ano, ao reduzir nesta quinta-feira suas projeções para Estados Unidos, Europa e Brasil e pedir a líderes mundiais que tomem uma ação de forma conjunta para fortalecer a demanda.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou sua projeções de crescimento global em 2016 para 3,0 por cento em seu cenário econômico, ante 3,3 por cento na projeção de novembro.

Isso significa que o crescimento global deste ano não será mais alto do que o de 2015, que já havia sido o mais fraco dos últimos cinco anos.

O comércio, investimento e crescimento da renda permanecem muito fracos, disse a OCDE, pedindo aos líderes globais que usem todas as ferramentas de política econômica para estimular o crescimento urgentemente.

Entre as maiores economias emergentes, o Brasil está entre uma das maiores vítimas da queda dos preços das commodities, com uma recessão esperada este ano de 4 por cento e estagnação em 2017.

Os EUA e a Alemanha sofreram as maiores reduções entre as economias desenvolvidas, com a OCDE cortando suas projeções de 2016 em 0,5 ponto percentual para ambos os países, para 2 por cento e 1,3 por cento respectivamente.

Agora a organização espera que o crescimento norte-americano e da zona do euro desacelere em relação ao ano passado --para 1,4 por cento no caso da zona do euro-- e que acelere apenas marginalmente em 2017, para 2,2 por cento e 1,7 por cento respectivamente.

A OCDE deixou suas previsões de crescimento da China inalteradas para os próximos dois anos, mas ainda espera que o crescimento do país desacelere para 6,5 por cento em 2016 e 6,2 por cento em 2017.

Texto atualizado às 10h00.

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