Economia

OCDE mantém previsão de crescimento do Brasil em 2012

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico espera que o PIB brasileiro cresça 3,9% neste ano

A organização constatou que a inflação se reduziu a um nível próximo dos objetivos oficiais (Getty Images)

A organização constatou que a inflação se reduziu a um nível próximo dos objetivos oficiais (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 06h48.

Paris - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve em 3,9% sua previsão de crescimento do PIB brasileiro este ano, mas elevou em três décimos a estimativa de 2013, a 4,2%.

Em seu relatório semestral de Perspectivas, publicado nesta terça-feira, a OCDE considerou que a economia brasileira saiu do arrefecimento de 2011, quando sua evolução foi menor que a dos outros grandes países latino-americanos, e que perante a crescente pressão inflacionária é preciso deixar para trás alguns dos estímulos monetários ativados.

A organização constatou que a inflação se reduziu a um nível próximo dos objetivos oficiais - calcula que será de 4,9% em 2012 e 5,3% em 2013, após os 6,6% de 2011 -, mas também indicou que as taxas de juros deveriam subir antes do final deste ano para evitar tensões no mercado de trabalho e no de produtos.

No capítulo de seu relatório dedicado às grandes economias emergentes, a instituição advertiu que a competitividade dos setores exportadores brasileiros, e em particular os industriais, está sofrendo com a apreciação do real, mas igualmente com o que chamou de 'desafios estruturais'.

A esse respeito, assinalou que algumas medidas de apoio a certos setores, como as incluídas no Plano Brasil Maior, podem restringir os ganhos em termos de produtividade.

De acordo com a OCDE, a demanda doméstica, respaldada por relevantes incrementos de salários em um contexto de baixo desemprego, seguirá como a principal responsável pelo crescimento do Brasil.

No comércio exterior, por outro lado, as importações seguirão progredindo a um ritmo superior ao das exportações. EFE

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