Economia

O tombo das 500 maiores

A vida está dura, mas ainda assim há números que aparecem como um soco no estômago. Alguns dos mais reveladores sobre o último ano no Brasil serão divulgados na noite desta quarta-feira, quando EXAME lança sua edição anual MELHORES E MAIORES, em que premia as melhores empresas brasileiras e faz uma ampla radiografia do ambiente […]

Unidade da Votorantim: para o público universitário, são 88 vagas para estudantes para trabalharem nas áreas corporativas, industriais e comerciais das diferentes unidades de negócio da companhia (Germano Lüders/Exame)

Unidade da Votorantim: para o público universitário, são 88 vagas para estudantes para trabalharem nas áreas corporativas, industriais e comerciais das diferentes unidades de negócio da companhia (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 19h22.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h10.

A vida está dura, mas ainda assim há números que aparecem como um soco no estômago. Alguns dos mais reveladores sobre o último ano no Brasil serão divulgados na noite desta quarta-feira, quando EXAME lança sua edição anual MELHORES E MAIORES, em que premia as melhores empresas brasileiras e faz uma ampla radiografia do ambiente corporativo no país.

Depois de cinco anos seguidos de crescimento, a receita das 500 maiores empresas caiu 4,6% em 2015, as dívidas subiram 12% e 178.000 empregos desapareceram de um ano para outro só nesse bloco. O lucro de 18 bilhões de dólares em 2014 virou um prejuízo de 19 bilhões de dólares em 2015. A rentabilidade sobre o patrimônio ficou negativa em 4,9% – a pior taxa desde o lançamento da primeira edição, em 1974.

Em 43 anos, esse indicador ficou abaixo de zero em apenas três ocasiões: em 1991, quando fracassaram os planos econômicos do governo Fernando Collor de Mello; em 1999, com a crise cambial no governo Fernando Henrique Cardoso; e no ano passado, com o aprofundamento da recessão sob a gestão de Dilma Rousseff.

No ambiente conturbado do país em 2015, quase todos os setores da economia acusaram o golpe. A construção civil, por exemplo, viu seu PIB setorial encolher 7,6%, enquanto o PIB da indústria diminuiu 6,2%. O consumo das famílias caiu 4%. Juntas, a Petrobras, a mineradora Vale e a estatal de energia Eletrobras tiveram um prejuízo de 23 bilhões de dólares no ano passado. Excluindo os resultados desse trio do terror, a elite empresarial do país fechou o ano passado com lucro de 4,2 bilhões de dólares – ainda assim, esse valor representa apenas um quarto do ganho líquido obtido pelas 500 maiores empresas em 2014.

Apesar do cenário ainda incerto, há quem aposte no início da retomada do crescimento do país no segundo semestre. Após um ano como 2015, qualquer avanço é motivo para comemorar.

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