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O crescimento econômico voltou?

Considerado a “prévia do PIB”, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), foi comemorado nesta segunda-feira ao mostrar um avanço de 1,12% na economia do país no primeiro trimestre, em relação aos três meses anteriores. A comemoração é válida. Afinal, trata-se do primeiro resultado positivo após oito trimestres de queda. Mas, como os […]

MONTADORAS: As asiáticas Hyundai, Honda e Toyota, por sua vez, ganharam 17 pontos na década, enquanto fatia da GM, Fiat e Volkswagen decresceu de 70,2% para 43.6% / Germano Lüders
DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2017 às 18h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h11.

Considerado a “prévia do PIB”, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), foi comemorado nesta segunda-feira ao mostrar um avanço de 1,12% na economia do país no primeiro trimestre, em relação aos três meses anteriores. A comemoração é válida. Afinal, trata-se do primeiro resultado positivo após oito trimestres de queda. Mas, como os dados de março ainda não mostram uma recuperação consistente, economistas divergem sobre como será o desempenho econômico de abril a junho.

O varejo, por exemplo, teve em março a maior queda para o mês em 14 anos. A produção industrial, por sua vez, recuou 1,8% em março e teve o mês mais fraco desde o início da série histórica, em 2002. É verdade que o IBC-Br de março veio melhor do que o esperado: queda de 0,4% sobre o mês anterior, enquanto economistas projetavam queda de 0,9%. Mesmo assim, economistas do banco Itaú BBA ressaltam em relatório que os dados de abril para o setor automotivo e para as indústrias de papelão também vieram negativos, reforçando a visão de que o PIB do segundo trimestre será mais fraco.

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Economistas afirmam ainda que o resultado do segundo trimestre poderá ser de retração, pois o setor agrícola não terá efeito tão forte quanto nos primeiros meses do ano. A expectativa de uma safra de grãos 26% maior do que a do ano passado foi o principal determinante para o crescimento nos primeiros três meses deste ano.

A expectativa de economistas para o segundo trimestre varia de uma queda de 0,2% a uma alta de 0,3%. “O ritmo de atividade mais moderado desde março pode ser apenas isso, um pequeno tropeço no caminho para uma recuperação mais forte. Mas também pode ser interpretado como um sinal perigoso de que a economia poderia estar enfrentando um double dip [ quando a atividade volta a contrair após um breve período de crescimento ]”, dizem analistas do Itaú BBA. Apesar das incertezas no curto prazo, as projeções dos economistas para o ano continuam as mesmas. Enquanto os mais pessimistas projetam uma estagnação, os mais otimistas preveem alta de 0,5% (a mesma do governo federal). Por enquanto, ainda é difícil saber quem está certo.

 

 

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