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Com corte da S&P, ajuste fiscal fica cada vez mais contestado

ÀS SETE - Na noite de ontem, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s anunciou um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil

Henrique Mereilles: S&P afirma que “apesar dos avanços, o governo Temer fez progressos menores que o esperado”
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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 12 de janeiro de 2018 às 07h19.

Está terminando apenas a segunda das 52 semanas do ano, mas a sexta-feira começa com o governo tendo que lidar com mais uma má notícia que escancara a dificuldade de levar a cabo reformas e privatizações em ano eleitoral.

Na noite de ontem, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s anunciou um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil, de BB para BB-, colocando o Brasil três patamares abaixo do grau de investimento, que o país perdeu em 2015.

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Em comunicado, a agência afirma que “apesar dos avanços, o governo Temer fez progressos menores que o esperado”, notadamente ao não aprovar a reforma da Previdência em 2017.

Também pesa contra o governo ações controversas na área fiscal, como o debate pelo fim da “regra de ouro”, que proíbe o endividamento para gastos de custeio, e o fato de contado, no orçamento de 2018, com receitas incertas, como a privatização da estatal de energia Eletrobras.

Nesta quinta-feira, a Justiça Federal de Pernambuco suspendeu os efeitos de um dos artigos da medida provisória 814, que permitia a privatização da estatal via Medida Provisória, que dispensa aprovação do Congresso.

Segundo o juiz, o governo não apresentou justificativa para a urgência da edição de uma MP para alterar de forma substancial a configuração do setor elétrico nacional.

Em paralelo, o governo continua insistindo na indicação da deputada Cristiane Brasil (PTB) para o ministério do Trabalho, por pressão dos caciques do partido, e vê dois de seus pilares, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), acelerarem uma agenda própria visando a candidatura ao Planalto.

Em nota, o ministro da Fazenda reafirmou o compromisso do Brasil com medidas de ajuste fiscal, como a Previdência e diz contar com o Congresso Nacional.

Se as 50 semanas que faltam para o fim do ano forem tão atribuladas como as duas primeiras, vai ficar cada vez mais difícil insistir neste discurso.

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