Empregos: o emprego ainda deve ganhar algum impulso com a aceleração do crescimento, previsto de 3% para 2018 (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 06h29.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às 07h11.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira os resultados da Pnad Contínua, pesquisa nacional que mede a taxa de desemprego do país para o trimestre novembro a janeiro.
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Na última edição, que abrangia o trimestre anterior, a taxa recuou para 11,8%, seguindo uma tendência de queda desde auge do desemprego no Brasil no período recente, o primeiro trimestre de 2017, quando 13,7% estavam desocupados. Eram, no período, 14,2 milhões de pessoas desempregadas.
Espera-se que a curva de queda dos desocupados continue positiva, superando o resultado do período agosto-outubro de 2016.
O terceiro trimestre do ano passado registrou taxa de desemprego igual a do trimestre passado, de 11,8%, muito próximo dos 12 milhões de pessoas sem trabalho. No acumulado de 2017, o país tinha 92,1 milhões de pessoas ocupadas, 1,8 milhão de pessoas a mais em relação a 2016.
O detalhe que merece atenção é o mesmo ponto de tensão da última pesquisa do IBGE, que diz respeito à qualidade do emprego no mercado de trabalho. Mesmo com as paulatinas quedas, as taxas de desocupação caem baseadas no emprego informal ou por conta própria.
“Temos um ano em que visualizamos a recuperação do emprego nesse processo de crise. Só que temos pontos negativos, como a informalidade, a queda nas vagas com carteira assinada e aumento do trabalhador doméstico e por conta própria”, disse mais uma vez o coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo, no mês passado.
O emprego ainda deve ganhar algum impulso com a aceleração do crescimento, previsto de 3% para 2018. O ritmo, que poderia acelerar caso empresas estivessem mais seguras em investir no longo prazo, contudo, deve ser lento.
É mais um motivo que justifica, do lado do governo, ações como a intervenção no Rio, que fazem da segurança a principal pauta eleitoral do governo.
A análise é que a economia vai se recuperar, mas o avanço não será rápido o suficiente para ser sentido no bolso pelos eleitores. A economia, infelizmente para o cidadão comum, cai de elevador, mas sobe de escada.