Economia

Nível de emprego na indústria tem sétima queda consecutiva

Número de empregados do setor caiu 0,9% em março contra o mesmo mês de 2005

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h27.

O nível de emprego industrial ficou em março 0,9% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, pela sétima vez consecutiva nesse tipo de comparação. Contra fevereiro deste ano, a queda foi menor, de 0,3%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com março do ano passado, houve queda na quantidade de empregados no setor industrial em nove dos 14 locais pesquisados. Os índices mais negativos foram apurados no Rio Grande do Sul (-9%) e no Paraná (-3,4%). Já as regiões Norte e Centro-Oeste (estudadas em conjunto) tiveram a maior alta no nível de emprego, com aumento de 7,6%.

Na análise dos setores, os que mais contrataram, ainda na comparação com março de 2005, foram a indústria de alimentos e bebidas, com crescimento de 8% no número de funcionários, e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e aparelhos de comunicações, com avanço de 6,1%.

O índice acumulado no primeiro trimestre de 2006 mostra que o nível de emprego industrial caiu 1% contra o mesmo período do ano passado. Os principais responsáveis para essa redução foram os setores de calçados e artigos de couro, que acumulou queda de 14% nos três primeiros meses do ano, e o de máquinas e equipamentos, que cortou em 8,4% o número de empregados. Houve queda ainda em outras nove atividades industriais. "A análise trimestral mostra que a desaceleração na trajetória do emprego industrial observada ao longo de 2005 permaneceu no primeiro trimestre de 2006", afirmou o IBGE em nota.

Nos últimos doze meses, o nível de emprego na indústria tem alta acumulada de 0,2%, "embora permaneça em trajetória decrescente desde junho de 2005", apontou o IBGE.

Houve queda ainda no número de horas pagas na indústria, cujo recuo foi de 1,8% na comparação com fevereiro e de 0,6% frente a março de 2005. A folha de pagamento também perdeu valor. Depois de dois meses seguidos de variações positivas, os salários da indústria recuaram 2% em março frente a fevereiro. Contra março de 2005, a redução foi de 0,8%.

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