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Nível de atividade da construção cai em junho, diz CNI

O nível de atividade não cresce desde março de 2012 e mostra retração desde dezembro

A CNI aponta que os três setores da indústria da construção (construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados) mostram desaquecimento, acompanhando a indústria da construção como um todo (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 15h26.

Brasília - O nível de atividade da indústria da construção caiu em junho em relação ao mês anterior e ficou em 44,3 pontos, segundo Sondagem da Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira, 23.

Em maio, o resultado foi de 46,9 pontos. Os valores abaixo de 50 pontos indicam queda da atividade em relação ao mês anterior. Já o nível de atividade em relação ao usual para o mês ficou em 42,3 pontos, o que, conforme a CNI, é o menor nível da série. Em maio, foi de 44,8 pontos.

O nível de atividade não cresce desde março de 2012 e mostra retração desde dezembro. "Uma recuperação mais contundente da construção dependeria de um crescimento econômico mais forte. Contudo, não há sinais nesse sentido", aponta a CNI no documento.

"Há incertezas por parte do consumidor em relação ao futuro, o que prejudica sua disposição a assumir financiamentos de longo prazo. A reversão nesse cenário demanda ampliação dos investimentos públicos, ampliação das parcerias público-privadas e melhores condições regulatórias para o investimento privado."

A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) do setor passou de 69% em maio para 68% em junho. O número de empregados caiu em junho. O índice que aponta a evolução do número de empregados foi de 45,5 pontos em junho. A retração no número de empregados, segundo a CNI, foi disseminada entre as empresas. De acordo com a pesquisa, a construção não expande o quadro de funcionários desde abril de 2012.

A CNI aponta que os três setores da indústria da construção (construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados) mostram desaquecimento, acompanhando a indústria da construção como um todo.


Situação financeira

Na pesquisa feita em julho, em relação ao segundo trimestre do ano, os empresários da indústria da construção avaliaram a margem de lucro operacional como insatisfatória. O indicador de 44,2 pontos foi o menor nível da série. O preço dos insumos e de matérias-primas foi maior no segundo trimestre do que no primeiro.

A situação financeira foi classificada como insatisfatória pelos empresários: o indicador ficou em 46,7 pontos, o pior da série histórica. Os empresários também não se mostraram satisfeitos em relação ao crédito. O acesso foi considerado difícil pelos empresários. O indicador, de 43,2 pontos, foi o menor já registrado.

Questionados sobre os principais entraves do setor, os empresários elegeram a elevada carga tributária como o maior problema no segundo trimestre do ano. A falta de trabalhador qualificado ficou na segunda posição e o alto custo da mão de obra, em terceiro. As taxas de juros elevadas apareceram na quarta posição e a falta de demanda, em quinto.

Futuro

As expectativas dos empresários para o nível de atividade para os próximos seis meses ainda apontam perspectivas de crescimento, mas estão menos otimistas. O índice de julho, de 54,6 pontos, é o menor indicador de expectativa da série. Em junho, esse indicador era de 55,9 pontos. Em relação a novos empreendimentos e serviços, o otimismo também é o menor registrado: 54,4 pontos (em junho, era de 55,6 pontos).

O indicador de expectativas de compras de insumos e matérias-primas acompanhou os demais e caiu para 54,4 pontos ante 54,5 pontos do mês anterior. Na perspectiva sobre o número de empregados ficou em 54,7 pontos, pouco acima do mês anterior, que foi de 54,3 pontos. A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de julho com 522 empresas.

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Brasília - O nível de atividade da indústria da construção caiu em junho em relação ao mês anterior e ficou em 44,3 pontos, segundo Sondagem da Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta terça-feira, 23.

Em maio, o resultado foi de 46,9 pontos. Os valores abaixo de 50 pontos indicam queda da atividade em relação ao mês anterior. Já o nível de atividade em relação ao usual para o mês ficou em 42,3 pontos, o que, conforme a CNI, é o menor nível da série. Em maio, foi de 44,8 pontos.

O nível de atividade não cresce desde março de 2012 e mostra retração desde dezembro. "Uma recuperação mais contundente da construção dependeria de um crescimento econômico mais forte. Contudo, não há sinais nesse sentido", aponta a CNI no documento.

"Há incertezas por parte do consumidor em relação ao futuro, o que prejudica sua disposição a assumir financiamentos de longo prazo. A reversão nesse cenário demanda ampliação dos investimentos públicos, ampliação das parcerias público-privadas e melhores condições regulatórias para o investimento privado."

A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) do setor passou de 69% em maio para 68% em junho. O número de empregados caiu em junho. O índice que aponta a evolução do número de empregados foi de 45,5 pontos em junho. A retração no número de empregados, segundo a CNI, foi disseminada entre as empresas. De acordo com a pesquisa, a construção não expande o quadro de funcionários desde abril de 2012.

A CNI aponta que os três setores da indústria da construção (construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados) mostram desaquecimento, acompanhando a indústria da construção como um todo.


Situação financeira

Na pesquisa feita em julho, em relação ao segundo trimestre do ano, os empresários da indústria da construção avaliaram a margem de lucro operacional como insatisfatória. O indicador de 44,2 pontos foi o menor nível da série. O preço dos insumos e de matérias-primas foi maior no segundo trimestre do que no primeiro.

A situação financeira foi classificada como insatisfatória pelos empresários: o indicador ficou em 46,7 pontos, o pior da série histórica. Os empresários também não se mostraram satisfeitos em relação ao crédito. O acesso foi considerado difícil pelos empresários. O indicador, de 43,2 pontos, foi o menor já registrado.

Questionados sobre os principais entraves do setor, os empresários elegeram a elevada carga tributária como o maior problema no segundo trimestre do ano. A falta de trabalhador qualificado ficou na segunda posição e o alto custo da mão de obra, em terceiro. As taxas de juros elevadas apareceram na quarta posição e a falta de demanda, em quinto.

Futuro

As expectativas dos empresários para o nível de atividade para os próximos seis meses ainda apontam perspectivas de crescimento, mas estão menos otimistas. O índice de julho, de 54,6 pontos, é o menor indicador de expectativa da série. Em junho, esse indicador era de 55,9 pontos. Em relação a novos empreendimentos e serviços, o otimismo também é o menor registrado: 54,4 pontos (em junho, era de 55,6 pontos).

O indicador de expectativas de compras de insumos e matérias-primas acompanhou os demais e caiu para 54,4 pontos ante 54,5 pontos do mês anterior. Na perspectiva sobre o número de empregados ficou em 54,7 pontos, pouco acima do mês anterior, que foi de 54,3 pontos. A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de julho com 522 empresas.

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