Economia

Narendra Modi propõe maior reforma tributária da Índia

"Será a maior reforma tributária desde 1947", disse ao parlamento o ministro da Fazenda, Arun Jaitley


	Modi: emenda pretende unificar o mercado e impulsionar a economia da Índia
 (Amit Dave/Files/Reuters)

Modi: emenda pretende unificar o mercado e impulsionar a economia da Índia (Amit Dave/Files/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 17h20.

Nova Délhi - Uma emenda constitucional apresentada nesta sexta-feira pelo governo de Narendra Modi pretende unificar o mercado e impulsionar a economia da Índia com a maior reforma tributária desde sua independência.

O governo apresentou na sessão parlamentar de inverno uma proposta para reformar um artigo da Constituição de 1950 para criar um imposto de bens e serviços (GST) comum nos 29 estados do país, explicou em comunicado o Ministério da Fazenda.

"Será a maior reforma tributária desde 1947", disse ao parlamento o ministro da Fazenda, Arun Jaitley, em referência à data de independência do país da Coroa britânica.

Se aprovada na Câmara, onde o partido do governo, o BJP, conta com maioria absoluta no Congresso, mas não no Senado, o GST entraria em vigor em abril de 2016 para "simplificar e harmonizar o regime de impostos indiretos no país", indicou o Ministério.

Espera-se que sua introdução "fomente um mercado indiano comum sem interrupções entre os estados, que contam com diferentes sistemas fiscais, e contribua significativamente para o crescimento da economia", acrescentou sobre o país de 1,25 bilhão de habitantes.

O GST integrará a maioria dos impostos indiretos sobre valor agregado e os especiais, exceto o do álcool, para evitar duplicidades dentro do país e reduzir os custos das empresas, embora a inclusão dos combustíveis dependa de um acordo entre os governos central e os regionais.

A economia indiana cresceu em média 8% ao ano entre 2003 e 2011, mas em 2012 esse número ficou abaixo de 5% e a previsão para 2014 é de 5,4%.t

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) advertiu em novembro que a Índia tem potencial para crescer mais de 6,6% ao ano a partir de 2015, mas para isso precisa aplicar o mais rápido possível reformas como a anunciada hoje.

A empresa de consultoria internacional Price Waterhouse Cooper assinalou mês passado que o gigante asiático deve reduzir pela metade seus custos, entre outras mudanças na economia, se quiser alcançar seu potencial de crescimento, de 9% anual até 2034.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesenvolvimento econômicoImpostosÍndiaLeão

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega