Economia

Movimento do comércio cai 26,6% em abril, revela Boa Vista

Categoria de supermercados, alimentos e bebidas foi a única a evitar perdas, ao apresentar leve alta de 0,1% no mês

Loja fechada no Rio de Janeiro: indicador já dessazonalizado recuou 26,6%, acumulando declínio de 1,3% em 12 meses e variação negativa de 6 4% no ano. (Wagner Meie/Getty Images)

Loja fechada no Rio de Janeiro: indicador já dessazonalizado recuou 26,6%, acumulando declínio de 1,3% em 12 meses e variação negativa de 6 4% no ano. (Wagner Meie/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de maio de 2020 às 09h38.

Última atualização em 26 de maio de 2020 às 09h43.

O índice da Boa Vista que mede o movimento do comércio no Brasil registrou a terceira queda consecutiva em abril e a tendência é de piora, devido aos impactos da quarentena adotada no País para conter a disseminação do novo coronavírus.

No quarto mês do ano ante março, o indicador já dessazonalizado recuou 26,6%, acumulando declínio de 1,3% em 12 meses e variação negativa de 6 4% no ano.

O desempenho do movimento no varejo brasileiro, conforme a Boa Vista, reflete a fragilidade do mercado de trabalho, que tem provocado crescimento fraco da renda dos consumidores. Esses fatores, cita a nota, estão sendo duramente impactados pelos efeitos das restrições pela pandemia da covid-19.

"Dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus e pelas medidas de isolamento social, pode-se esperar uma piora no emprego e no nível de consumo em 2020", avalia, completando que este cenário, por sua vez, aponta para queda da atividade econômica e do movimento do comércio nos próximos meses.

Segmentos

A categoria de supermercados, alimentos e bebidas foi a única a evitar perdas, ao apresentar leve alta de 0,1% no mês, acumulando 1,6% em 12 meses.

Em abril, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que registrou a maior queda, de 83,3%, no confronto com março (-13 5%), com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o setor passou para o campo negativo, recuando 7,9%.

A categoria de tecidos, vestuários e calçados recuou 2,9% no mês com a taxa acumulada em 12 meses mostrando elevação de 7%.

Já o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou retração de 18,2% em abril, ante março, e recuo de 2,5% no acumulado de 12 meses.

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