As acusações de corrupção envolvendo o Insituto de Resseguros do Brasil (IRB) colocaram à mostra, mais uma vez, a necessidade de se privatizar a atividade. Na opinião do economista Gesner Oliveira, da consultoria Tendências, o monopólio estatal neste segmento é uma "anomalia".

Ele vê três grandes vantagens na privatização do IRB. A primeira delas é a entrada de novos competidores neste mercado, aumentando a qualidade dos produtos. A segunda é a queda de preços. "Estima-se que a diminuição do custo das apólices possa chegar a 16%", diz Gesner. Por fim, uma transição gradativa das empresas para o mercado aberto também seria benéfico.

O monopólio estatal de resseguros não é comum no mundo hoje. Segundo Gesner, apenas Brasil, Cuba e Costa Rica mantêm este segmento fechado à concorrência. O Brasil vem discutindo a privatização do IRB desde 1998, mas não há previsão de quando o projeto de lei será votado pelo Legislativo.