Economia

Para Miguel Jorge, câmbio é questão de longo prazo

Por Ricardo Leopoldo São Paulo - O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, destacou hoje que o atual patamar de câmbio preocupa. No entanto, ele ponderou que essa questão não vai ser resolvida no curto prazo, porque é preciso haver melhorias estruturais, como um incremento mais vigoroso das exportações. "Vejo também (o […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Por Ricardo Leopoldo

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, destacou hoje que o atual patamar de câmbio preocupa. No entanto, ele ponderou que essa questão não vai ser resolvida no curto prazo, porque é preciso haver melhorias estruturais, como um incremento mais vigoroso das exportações.

"Vejo também (o câmbio) como problema sério, mas não vejo como possamos solucioná-lo no curto prazo", comentou. "Adotamos uma política cambial, que tudo indica que será mantida, e portanto não é fácil para resolver (o problema)." Miguel Jorge afirmou ainda que precisariam ser usadas "medidas de controle cambial, como existe em alguns países." "E não me parece que esta é a ideia central do governo", completou.

Na avaliação do ministro, a melhoria da competitividade das vendas externas do País seria oportuna para, de alguma maneira, compensar as dificuldades trazidas pelo atual patamar da cotação do real ante a moeda dos EUA. Jorge destacou que o câmbio ao redor de R$ 1,70 diminui as condições dos exportadores realizarem negócios, aumentando o preço dos produtos vendidos no exterior. "Se você está trabalhando com uma moeda que vale muito, você perde capacidade de competição em relação às empresas que trabalham com uma moeda controlada, como ocorre em alguns países da Ásia", disse o ministro, referindo-se sobretudo à China.

No país oriental, o governo mantém o câmbio praticamente fixo, para incrementar as exportações e, com isso, conquistar um volume expressivo de reservas cambiais. A China tem mais de US$ 2 trilhões de reservas cambiais, nove vezes mais que os US$ 239 bilhões do Brasil. Esta política de câmbio desvalorizado e fixo permite que o país asiático pressione nações desenvolvidas como os EUA, para que eles não interfiram em sua gestão das políticas monetária e cambial.

 

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