Economia

Metalúrgicos de São José dos Campos aprovam greve

Decisão foi tomada há pouco em assembleia geral, em que os trabalhadores rejeitou as propostas patronais apresentadas na última sexta-feira, dia 16

Os metalúrgicos das fábricas de São José dos Campos e região vão iniciar uma semana de greve a partir desta segunda-feira (Divulgação/Honda)

Os metalúrgicos das fábricas de São José dos Campos e região vão iniciar uma semana de greve a partir desta segunda-feira (Divulgação/Honda)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 20h35.

São Paulo - Os metalúrgicos das fábricas de São José dos Campos e região vão iniciar uma semana de greve a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada há pouco em assembleia geral, em que os trabalhadores rejeitou as propostas patronais apresentadas na última sexta-feira, dia 16.

De acordo com o sindicato, embora os "setores tenham avançado nas propostas, as conversas não foram ao encontro das reivindicações da categoria". O segmento de autopeças pede aumento de 9,55% (inflação mais 2% de aumento real), enquanto as áreas de Fundição, Estamparia, Trefilação, Refrigeração e Laminação solicitaram 9,50% (inflação mais 1,9% de aumento real) e Eletroeletrônicos e máquinas, 9,25% (inflação mais 1,7% de aumento real).

Somente na TI Automotive, do setor de autopeças, houve um consenso entre trabalhadores e empregador. Com a pressão da greve iniciada pelos trabalhadores na última quinta-feira, dia 15, a companhia propôs 10,3% de reajuste salarial, sendo inflação mais 2,7% de aumento real, mais um abono de R$ 2.200. Os metalúrgicos também conseguiram 90 dias de estabilidade no emprego e direito a eleger um delegado sindical. Dos quatro dias parados, somente um será descontado pela empresa.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos, na semana passada trabalhadores de 24 fábricas de São José dos Campos e região fizeram paralisações. "Como não houve acordo com os patrões, as greves devem se estender para outras empresas e por tempo indeterminado", informa a entidade por meio de nota.

Luiz Carlos Prates, secretário-geral do sindicato, adianta que o movimento da semana passada foi só o começo. "Agora, os trabalhadores vão intensificar as mobilizações e partir para a greve. Não tem mais volta. Sem acordo, não vai ter produção", afirma em comunicado.

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