Economia

Meta do superávit primário para 2011 será mantida

O número permanece em R$ 81,76 bilhões, mesmo após o resultado do primeiro quadrimestre ultrapassar a metade prevista para todo o ano

O secretário do Tesouro Arno Augustin: há sinais de (o superávit) estar no ritmo que nós queremos
 (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

O secretário do Tesouro Arno Augustin: há sinais de (o superávit) estar no ritmo que nós queremos (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 15h10.

Brasília – O governo manterá a meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em R$ 81,76 bilhões em 2011, mesmo depois de o Tesouro Nacional anunciar que o resultado do primeiro quadrimestre já ultrapassou a metade do previsto para todo o ano.

O superávit é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e, nos quatro primeiros meses do ano, chegou a R$ 41,479 bilhões. Em doze meses até abril, o resultado ficou em R$ 95,7 bilhões – 2,51% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Evidentemente que isso dá uma tranquilidade maior, mas nós entendemos que o superávit previsto deve ser mantido. Neste momento, não há nenhuma discussão nesse sentido [para reduzir a meta]”, explicou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Ele não quis falar sobre a previsão de comportamento para o superávit no próximo semestre, mas indicou que o resultado tem levado a economia para um ritmo mais equilibrado.

“Acho que há sinais de estar no ritmo que nós queremos, pois se o [resultado] fiscal é mais forte, ele contribui para que a atividade cresça um pouco menos na sequência. A expectativa sobre o crescimento depende de vários fatores, um deles é o fiscal”. Em fevereiro, o governo anunciou um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União. Com isso, espera que o superávit do Governo Central, neste ano, chegue a R$ 81,76 bilhões.

Augustin informou ainda que o governo pretende elevar o crescimento dos investimentos significativamente este ano. Ele lembrou que, nos primeiros quatro meses do ano, as despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já aumentaram R$ 2,1 bilhões ou 39,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

“Esperamos que o conjunto dos investimentos tenha esse comportamento de forma que, ao longo do ano, a gente tenha, em 2011, novamente, um crescimento do investimento superior ao do PIB nominal [leva em consideração a inflação]. Tem sido a tendência de vários anos”, disse.

O secretário do Tesouro lembrou que o crescimento dos investimentos do Governo Central passou de 0,3% do PIB, em 2003, para 1,2%, em 2010. Em 2011, os gastos com investimentos do governo federal totalizaram R$ 13,4 bilhões, incremento de 4,5% em relação ao exercício de 2010.

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