Economia

Merkel reconhece progressos gregos, mas pede mais esforços

Merkel instou o governo grego a seguir as novas medidas de austeridade, embora tenha ressaltado a necessidade de ações que impulsionem o crescimento


	Merkel conversa com o premiê grego, Antonis Samaras: ele assegurou que "a Grécia está decidida a realizar as reformas necessárias", mas pediu "um pouco de oxigênio"
 (Aris Messinis/AFP)

Merkel conversa com o premiê grego, Antonis Samaras: ele assegurou que "a Grécia está decidida a realizar as reformas necessárias", mas pediu "um pouco de oxigênio" (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 12h01.

Atenas - A chanceler alemã, Angela Merkel, reconheceu nesta terça-feira os "progressos" da Grécia, mas exigiu mais esforços do país para sanear suas contas públicas, durante entrevista coletiva junto com primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, em Atenas.

"Se não resolvemos os problemas agora, voltarão a aparecer mais adiante de forma mais dramática", acrescentou a líder alemã.

Dessa maneira, Merkel instou o governo heleno a seguir com esses esforços, em referência às novas medidas de austeridade, embora tenha ressaltado também a necessidade de medidas que impulsionem o crescimento.

"Concordamos que além das medidas de economia e das reformas estruturais, deve haver também um impulso para o crescimento", destacou a governante.

Samaras, por sua parte, assegurou que "a Grécia está decidida a realizar as reformas necessárias para acabar com a crise", mas pediu "um pouco de oxigênio".

O primeiro-ministro grego lembrou que o inimigo da Grécia "é a recessão", pois o país entrará em 2013 em seu sexto ano consecutivo de contração econômica, e afirmou que para sair dela "são necessários fundos que a Grécia não tem", mas a União Europeia sim.

Merkel, além disso, reconheceu que se a recessão piorar nos países do sul da Europa, a próxima vítima será a Alemanha. "Temos uma moeda comum. Se um não vai bem, o outro também não irá bem", sentenciou.

No entanto, Merkel não quis antecipar o que acontecerá com o novo lance de ajuda financeira, no valor de 31,5 bilhões de euros, que Atenas espera receber quando aprovar as novas medidas.

Perguntada por esse assunto, a chanceler alemã disse que é preciso "esperar o relatório da troika", integrada pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. 

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