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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Brasília - O mercado financeiro reduziu a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2010, de 12% para 11 75% ao ano, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). Já a projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,75% ao ano.
A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 não sofreu alterações. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficou em 7,20%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 recuou de 12,12% para 12,10%. Para 2011, a projeção para o avanço da indústria permaneceu em 5,00%.
Inflação
De acordo com a pesquisa Focus, o mercado financeiro também reduziu a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. A expectativa para a alta de preços acumulada ao fim do ano caiu de 5,42% para 5,35%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 continuou em 4,80%.
Para a inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,20% para 0,11% a previsão para o IPCA de julho, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 6 de agosto. Já para a inflação de agosto, o mercado diminuiu de 0 35% para 0,32% a previsão.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 seguiu em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em R$ 1,85. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,80.
O mercado financeiro alterou ainda as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 47,46 bilhões para US$ 48,00 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos caiu de US$ 60 bilhões para US$ 57,93 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 caiu de US$ 16,00 bilhões para US$ 15,41 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 7,81 bilhões para US$ 8 00 bilhões. Analistas reduziram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 34,30 bilhões para US$ 33,65 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.