que exigem 3/5 de apoio do Congresso.

Uma sinalização, ainda que pequena, dada pelo PT na semana passada foi o suficiente para que o valor do dólar frente o real caísse. Declarações de integrantes do partido como a de Antonio Palocci, coordenador do programa de governo de Lula, em que afirmou que o novo comando pagará o superávit primário que for preciso mostraram que o PT pode falar a mesma língua do mercado.

Isso diminuiu as incertezas. A moeda americana encerrou a semana em baixa de 0,89%, cotada a 3,87 reais. O risco-país brasileiro caiu 5,51%, para 1.952 pontos, o segundo menor nível no mês. Enquanto isso, o C-Bond, principal título da dívida brasileira no exterior, subiu 3,13%, para 53,625% do valor de face.

Quanto às previsões para esta semana, poucos analistas arriscam uma aposta. Apenas destacam dois eventos: a reunião do Copom e o desempenho financeiro de empresas americanas, que desde a semana passada estão divulgando seus balanços e interferindo nas negociações das bolsas de valores. Pelos resultados já conhecidos, as expectativas são positivas.

O Copom volta a se reunir, desta vez de forma programada, amanhã. A sessão extraordinária da semana passada, quando o comitê subiu de 18% para 21% a taxa básica de juros anual do país, assustou o mercado. Menos pela decisão, que é avaliada como correta tecnicamente, mais pelo inusitado da convocação extraordinária. Pegou mal. A impressão é que o comitê tem sido surpreendido não só pelos choques externos, mas também pelos resultados das políticas adotadas recentemente pelo BC , diz o Lloyds. Assim fica difícil sugerir o que será decidido na reunião desta semana.

A princípio a taxa básica de juros foi ajustada para que a meta de inflação estabelecida para 2003 tenha maiores chances de ser atingida e não deve mudar no curtíssimo prazo.

Indicadores de hoje

Nos Estados Unidos serão divulgados os indicadores principais da economia do país. A estimativa do mercado é de que a retomada do crescimento ainda não será registrada neste resultado.

No Brasil, sai o resultado da terceira semana de outubro da balança comercial que deve ficar em 300 milhões de dólares positivos.

A Fundação Getúlio Vargas divulga a segunda prévia da inflação (IGP-M) de outubro. A expectativa é de alta de 2,4%.