Mercado projeta queda da produção industrial em 2012
De acordo com o relatório de mercado Focus, a mediana das projeções para o setor passou de uma queda de 2,10% para um recuo de 2,31% em 2012
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 09h13.
Brasília - O mercado financeiro vê uma deterioração ainda maior para a produção industrial deste ano. De acordo com o relatório de mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira pelo Banco Central , a mediana das projeções para o setor passou de uma queda de 2,10% para um recuo de 2,31% em 2012. Esta é a sexta rodada de revisões para baixo e, há um mês, a estimativa era de que a produção fabril encerrasse 2012 com queda de 2,00%.
Para 2013, a expectativa é de recuperação da atividade do setor. A taxa aguardada é de um crescimento de 4,15% - não houve alteração em relação à pesquisa anterior nem ante a realizada quatro semanas atrás.
Apesar dessa piora para a produção em 2012, o mercado financeiro manteve sua projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter expansão de 1,54% este ano. A taxa mediana já está neste patamar há três semanas. Um mês atrás, porém, estava em 1,57%. Para 2013, também houve manutenção das expectativas para o indicador em 4,00%, nível em que se mantém há 13 semanas.
IPCA
A mediana das projeções suavizadas para o IPCA 12 meses à frente passou de 5,40% para 5,37%, segundo o relatório Focus. Esta é a oitava rodada de reduções consecutivas feita pelos participantes do levantamento. Um mês atrás, a taxa estava em 5,50%.
Para o mês de outubro, não houve alteração, pela pesquisa, já que a mediana se manteve em 0,56% - há quatro semanas estava em 0,50%. Para novembro, no entanto, a mediana das estimativas passou de 0,52% para 0,51% ante 0,53% vista um mês atrás.
No grupo Top 5 de médio prazo, o conjunto de analistas que mais acertam as projeções para o indicador nesse período, a mediana das projeções para o IPCA de 2012 foi reduzida de 5,55% para 5,53% ante taxa de 5,44% vista um mês atrás. Para 2013, esses economistas não alteraram a projeção de que a inflação encerrará o ano em 5,42%, mas a taxa está mais alta do que há um mês, quando a mediana estava em 4,99%.