Economia

Mercado continua ajuste e reduz Selic em 2013 a 7,63%

Para 2012, não houve alterações em relação às apostas de que a taxa básica de juros permanecerá em 7,25 por cento


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: BC indicou que o ciclo de cortes da Selic foi encerrado após a décima redução seguida realizada em outubro
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: BC indicou que o ciclo de cortes da Selic foi encerrado após a décima redução seguida realizada em outubro (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 08h21.

São Paulo - O mercado continuou a ajustar suas perspectivas em relação aos próximos passos do Banco Central sobre a política monetária ao longo de 2013, reduzindo pela segunda vez seguida a projeção para a Selic no ano que vem, para 7,63 por cento.

Em meio a incertezas sobre a inflação e o crescimento, os analistas consultados na pesquisa Focus do BC já haviam dado início ao movimento na semana passada, quando previram a taxa básica de juros a 7,75 por cento.

Entre os Top 5--grupo das instituições que mais acertam suas análises no Focus-- a expectativa entretanto é de que a Selic terminará o próximo ano nos atuais 7,25 por cento.

Para 2012, não houve alterações em relação às apostas de que a taxa básica de juros permanecerá em 7,25 por cento. O BC já indicou que o ciclo de cortes foi encerrado após a décima redução seguida realizada em outubro.

O governo tem defendido que a economia já começou a se recuperar após um início de ano fraco, e fala em crescimento de 4 por cento em termos anualizados tanto no segundo semestre como ao longo de 2013.

Entretanto, ainda existem dúvidas sobre o ritmo dessa recuperação. Na quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial caiu 1 por cento em setembro frente a agosto, no pior resultado mensal desde janeiro passado.


A indústria tem sido o principal calcanhar de Aquiles da atividade neste ano, levando o governo a adotar medidas como isenções fiscais para buscar um reaquecimento.

Os analistas consultados na pesquisa do BC veem que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deve atingir apenas 1,54 por cento, inalterado ante a semana anterior. Para 2013, a perspectiva também foi mantida, em 4 por cento.

Inflação 

Sobre a inflação, o mercado prevê agora que o IPCA encerrará este ano a 5,44 por cento, ante 5,45 por cento na semana anterior, na primeira redução após 16 semanas seguidas em que os analistas consultados elevaram suas projeções.

Para 2013, a pesquisa mostrou que o mercado continua prevendo o IPCA a 5,40 por cento. Em ambos os casos, ainda longe do centro da meta do governo, de 4,5 por cento.

Para a inflação nos próximos 12 meses, a projeção foi reduzida para 5,37 por cento, ante 5,40 por cento na semana anterior.

Os índices de inflação vêm dando sinais de desaceleração. Na semana passada, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) mostrou forte desaceleração em outubro ao registrar variação positiva de 0,02 por cento, ante 0,97 por cento em setembro.

A pesquisa Focus desta segunda-feira mostrou também que o mercado elevou a previsão sobre o dólar este ano a 2,02 reais, ante 2,01 reais na semana anterior.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim Focuseconomia-brasileiraEstatísticasIndicadores econômicosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

Após pedido do governo, Zanin suspende liminar que reonera a folha de pagamentos por 60 dias

Haddad: governo anuncia na próxima semana medidas sobre impacto e compensação da desoneração

Fiergs pede ao governo Lula flexibilização trabalhista e novas linhas de crédito ao RS

É possível investir no exterior morando no Brasil?

Mais na Exame