Mercado amplia otimismo com Temer e cenário pós-Brexit
Após o Brexit, o real tem desempenho melhor do que a média, o que sugere que o otimismo com o cenário doméstico também pesa nos negócios
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2016 às 16h57.
O mercado continua testando novas marcas, na esteira do otimismo com o governo do presidente interino Michel Temer , em meio a um cenário de juros baixos no exterior.
O CDS brasileiro, que mede o risco embutido nos títulos de dívida do país, caiu abaixo dos 300 pontos, rumo ao menor nível de fechamento desde julho de 2015, enquanto a curva de juros aponta otimismo com a inflação no médio e longo prazo.
O dólar recua contra o real mesmo com o BC atuando na compra por meio de leilão de swaps reversos.
Embora a maioria das moedas globais esteja bem devido ao menor receio de alta dos juros internacionais após o Brexit, o real tem desempenho melhor do que a média. Isso sugere que o otimismo com o cenário doméstico também pesa nos negócios.
“O mercado está vendo uma mudança de 180 graus na agenda econômica”, diz o economista Bruno Rovai, do Barclays em Nova York.
Os investidores aprovam os planos do novo governo de combater o déficit fiscal com cortes de gastos e reformas, além da promessa de acelerar as privatizações, em contraposição ao governo Dilma, visto como mais intervencionista e menos rigoroso em termos de combate à inflação e ao déficit fiscal.
Rovai acredita que o mercado ainda terá mais uma “perna” de melhora quando o impeachment de Dilma for aprovado definitivamente.
Gabriel Gersztein, estrategista de renda fixa para América Latina do BNP Paribas Brasil, destaca o efeito da mudança de cenário externo após a chamada “tempestade perfeita” de 2015.
Ele observa que há hoje US$ 10 trilhões em títulos rendendo juros negativos no exterior. Com a possibilidade de os bancos centrais dos países ricos injetarem ainda mais dinheiro nos mercados para evitar que o Brexit leve a uma recessão global, a tendência é de países com juros altos, como o Brasil, atraírem parte destes recursos.
No caso brasileiro, a mudança para melhor das expectativas com a economia favorece um “circulo virtuoso”, diz Gersztein.
O Banco Central também teve peso na melhora recente do mercado.
O discurso mais duro do novo presidente, Ilan Goldfajn, contra a inflação levou os investidores a adiar a aposta em corte da Selic, de agosto para outubro. Por outro lado, a curva de juros melhorou. Os juros longos, mais relevantes para o crédito, caíram, mostrando confiança do mercado na queda da inflação a partir de 2017.
O mercado continua testando novas marcas, na esteira do otimismo com o governo do presidente interino Michel Temer , em meio a um cenário de juros baixos no exterior.
O CDS brasileiro, que mede o risco embutido nos títulos de dívida do país, caiu abaixo dos 300 pontos, rumo ao menor nível de fechamento desde julho de 2015, enquanto a curva de juros aponta otimismo com a inflação no médio e longo prazo.
O dólar recua contra o real mesmo com o BC atuando na compra por meio de leilão de swaps reversos.
Embora a maioria das moedas globais esteja bem devido ao menor receio de alta dos juros internacionais após o Brexit, o real tem desempenho melhor do que a média. Isso sugere que o otimismo com o cenário doméstico também pesa nos negócios.
“O mercado está vendo uma mudança de 180 graus na agenda econômica”, diz o economista Bruno Rovai, do Barclays em Nova York.
Os investidores aprovam os planos do novo governo de combater o déficit fiscal com cortes de gastos e reformas, além da promessa de acelerar as privatizações, em contraposição ao governo Dilma, visto como mais intervencionista e menos rigoroso em termos de combate à inflação e ao déficit fiscal.
Rovai acredita que o mercado ainda terá mais uma “perna” de melhora quando o impeachment de Dilma for aprovado definitivamente.
Gabriel Gersztein, estrategista de renda fixa para América Latina do BNP Paribas Brasil, destaca o efeito da mudança de cenário externo após a chamada “tempestade perfeita” de 2015.
Ele observa que há hoje US$ 10 trilhões em títulos rendendo juros negativos no exterior. Com a possibilidade de os bancos centrais dos países ricos injetarem ainda mais dinheiro nos mercados para evitar que o Brexit leve a uma recessão global, a tendência é de países com juros altos, como o Brasil, atraírem parte destes recursos.
No caso brasileiro, a mudança para melhor das expectativas com a economia favorece um “circulo virtuoso”, diz Gersztein.
O Banco Central também teve peso na melhora recente do mercado.
O discurso mais duro do novo presidente, Ilan Goldfajn, contra a inflação levou os investidores a adiar a aposta em corte da Selic, de agosto para outubro. Por outro lado, a curva de juros melhorou. Os juros longos, mais relevantes para o crédito, caíram, mostrando confiança do mercado na queda da inflação a partir de 2017.