Para Mantega, PIB do trimestre é o auge da retomada
O ministro da Fazenda também proveitou para defender queda na alíquota do ICMS sobre o etanol
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje à Agência Estado que o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2010, que cresceu 2,7% ante o quarto trimestre de 2009, representa o auge da retomada da economia brasileira depois da crise. Segundo ele, este PIB reflete todos os estímulos fiscais e monetários que foram injetados na economia para enfrentar a crise no ano passado e que ainda estavam valendo no período de janeiro a março deste ano.
Mantega afirmou ainda que a expansão do PIB superou sua expectativa, que girava em torno de um crescimento de 2% a 2,5%. O ministro salientou, no entanto, que o bom resultado não indica um superaquecimento da economia brasileira.
Para o ministro, a economia vai desacelerar nos próximos trimestres por causa da retirada dos estímulos fiscais e do corte de despesas anunciado no mês passado pelo governo. Mantega citou ainda a retirada dos estímulos monetários decorrente do fim dos depósitos compulsórios em abril e a elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC). Mantega disse que já é possível observar essa desaceleração da economia a partir dos dados de atividade de abril e maio. Segundo ele, o crescimento dos próximos trimestres deve girar na casa de 1% a 1,5%.
2010
Mantega elevou ainda sua projeção de crescimento do PIB para 2010. O ministro afirmou ainda que, agora, espera expansão do PIB neste ano entre 6% e 6,5%. Anteriormente, a estimativa do ministro era de uma faixa entre 5% e 5,5%. De acordo com Mantega essa revisão se deve ao fato de que o PIB no primeiro trimestre cresceu 2,7%, taxa superior ao que previa, de 2% a 2,5%.
"O crescimento previsto para o ano é sustentável, porque refletirá muito a taxa do primeiro trimestre", disse o ministro. Segundo o Mantega, além da retomada dos estímulos fiscais e monetários, a crise europeia deve ajudar a moderar o crescimento da economia brasileira. Ele acrescentou que a crise na Europa já afeta as condições de financiamento e a oferta de crédito das empresas brasileiras, o que coloca um freio na atividade econômica.
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