Economia

Mantega: IPI menor na construção deve acabar em 30/6

Ministro recomenda que as empresas do setor invistam mais para atender à demanda

Mantega também reconheceu que o governo terá de reforçar os investimentos em programas de treinamento e qualificação profissional (.)

Mantega também reconheceu que o governo terá de reforçar os investimentos em programas de treinamento e qualificação profissional (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o governo ainda não decidiu se vai ou não manter as alíquotas de IPI reduzidas para produtos da construção civil. "Por enquanto ela está vigorando, então é bom que todos aproveitem os preços baixos agora. Sobre o futuro nós ainda vamos pensar. No momento, a intenção é que termine em 30 de junho", afirmou, após participar da Feira da Internacional da Indústria da Construção, no Anhembi, na capital paulista.

Mantega recebeu um estudo de associações setoriais sobre os impactos positivos da medida para a economia brasileira. "O resultado foi excelente, conforme vocês podem ver pelas taxas de crescimento da produção", disse. "Estamos com um boom de construção, há muito tempo isso não acontecia no Brasil. Esse setor ficou estagnado durante muitos anos e agora as perspectivas são excelentes."

O ministro recomendou que as empresas do setor invistam mais para atender à demanda nos próximos anos, que, na avaliação dele será crescente. "Este ano a construção está crescendo fortemente e esse crescimento vai perdurar nos próximos anos porque temos muito projetos de construção pesada e leve no Brasil. Aconselho as empresas a investir para dar conta dessa demanda extraordinária que estamos criando no País", declarou, citando que a participação de financiamentos habitacionais no PIB é de apenas 3% ou 4%.
 
Esse é um dos setores que mais vai crescer nos próximos anos. O Brasil ficou atrasado em matéria de construção e portanto tem grande potencial de crescimento pela frente."

Questionado sobre a falta de mão de obra especializada, uma das reclamações do setor, o ministro reconheceu que o governo terá de reforçar os investimentos em programas de treinamento e qualificação profissional.

"Pelas circunstâncias, acho que temos de fazer um esforço maior e criar algum programa especial de qualificação. Tenho falado com meu colega Fernando Haddad (ministro da Educação) para que ele possa reforçar o programa de qualificação porque estamos precisando de mais mão de obra especializada", disse.

"De qualquer forma, é um problema excelente. O melhor problema que tem é falta de mão de obra porque nós padecemos durante muitos anos por falta de empregos para vários brasileiros. O governo e a iniciativa privada vão conseguir suprir essas necessidades", garantiu.

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