Economia

Mantega defende que concorrência vai pressionar spread dos bancos privados

“Os bancos públicos vão liberar cada vez mais créditos a taxas menores, se o banco privado não diminuir suas taxas ele vai perder clientes”

Mantega também defendeu a poupança como forma de investimento para os pequenos poupadores (Elza Fiúza/ABr)

Mantega também defendeu a poupança como forma de investimento para os pequenos poupadores (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 20h08.

São Paulo – Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a concorrência com os bancos públicos deve se encarregar de diminuir o spread das instituições privadas. “Os spreads são muito altos no país e temos que corrigir essa anomalia”, afirmou hoje, em coletiva de impresa. 

“Os bancos públicos vão liberar cada vez mais créditos a taxas menores, se o banco privado não diminuir suas taxas ele vai perder clientes”, afirmou. O ministro defendeu que, para que os spreads caiam, é necessário que a Selic continue caindo. “Tenho certeza que os bancos privados vão diminuir os spreads”, disse. 

Mantega também defendeu a poupança como forma de investimento para os pequenos poupadores. “É a melhor alternativa, mais segura, mais versátil (...) Recomendo plenamente a poupança”, afirmou.

Ontem, o governo anunciou novas regras para a poupança. De acordo com as novas regras, para os depósitos realizados a partir de hoje, a remuneração da poupança será alterada sempre que a Selic estiver abaixo ou igual a 8,5% ao ano. Nessas condições, a poupança será remunerada pela Taxa Referencial (TR) mais 70% da Selic. Quando a Selic estiver acima desse patamar, vale a regra atual. Atualmente a Selic está em 9,0%.

Em um dos possíveis cenários de juros previstos pelo governo – juros reais de 2,0% -, o rendimento da poupança seria cerca de 18% menor que o rendimento atual. Para Mantega, quando isso acontecer, apesar do rendimento menor, a população terá juros muito baixos. “A pessoa não vai comprar uma TV, vai compra uma TV e meia”, disse. 

Mantega participou hoje do seminário Brasil 2020 - Rumos da Economia, promovido pela revista Brasileiros, em São Paulo.

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