Economia

Maioria dos consumidores globais cortará gastos de fim de ano, diz estudo

O relatório ressalta como os padrões de gastos dos consumidores são impactados por inflação, juros altos e dívidas de cartão de crédito

Consumo em São Paulo: em 2023, a maior parte dos brasileiros pretende consumir na mesma quantidade ou mais do que neste ano (Germano Lüders/Exame)

Consumo em São Paulo: em 2023, a maior parte dos brasileiros pretende consumir na mesma quantidade ou mais do que neste ano (Germano Lüders/Exame)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 11h48.

Quase três quartos dos consumidores em todo o mundo adiarão as compras de fim de ano à espera de promoções como a Black Friday, e mais da metade pretende reduzir os gastos para economizar dinheiro, segundo pesquisa da Ernst & Young.

O relatório ressalta como os padrões de gastos dos consumidores são impactados por inflação, juros altos e dívidas de cartão de crédito que corroem o poder de compra, disse em entrevista Jim Doucette, líder de consumo e varejo na EY-Partenon.

A pesquisa foi realizada com mais de 22.000 consumidores em 28 países, incluindo Brasil, EUA, China, Índia, Japão e Alemanha. Entre os entrevistados, 80% dizem estar preocupados com suas finanças. Para esticar os orçamentos, mais consumidores planejam cozinhar e se divertir em casa este ano para reduzir gastos com restaurantes.

Kristina Rogers, líder global de consumo da EY, acrescentou que os consumidores estão “reavaliando constantemente o que consideram essencial e evitando cada vez mais comprar por impulso”.

Estudo

O estudo, realizado em setembro e início de outubro, mostra que 50% dos consumidores afirmam que farão compras principalmente ou apenas online neste fim de ano — um aumento de 16% em relação ao ano passado, mas ainda abaixo dos 61% que favoreceram o comércio eletrônico em 2020, quando a pandemia ainda limitava a mobilidade dos consumidores.

A pesquisa da EY mostra que 39% dos consumidores nos EUA e 35% na Europa planejam gastar menos neste fim de ano. Na China, apenas 11% afirmam que gastarão menos, enquanto 45% pretendem aumentar os gastos.

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