Maior problema do país é ter pobreza crônica, diz Dilma
Presidente minimizou a crise envolvendo Antonio Palocci e destacou a criação do Plano Brasil sem Miséria
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 20h42.
Brasília - Em meio às denúncias de enriquecimento ilícito do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff disse hoje que a crise mais permanente é a pobreza. "Se somos capazes de dar atenção a problemas e crises, não podemos esquecer da crise mais permanente, do problema maior e mais angustiante, que é termos a pobreza crônica instalada no País", afirmou.
Ela fez a declaração no discurso lido na solenidade de lançamento do Plano Brasil sem Miséria, no Palácio do Planalto. Palocci participou do evento, mas não fez discurso nem deu entrevista. Já Dilma, em sua fala, citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas vezes e ressaltou o empenho do atual governo para tirar da pobreza extrema 16,2 milhões de pessoas.
Foi no momento em que falava desse combate à miséria, na solenidade em que as atenções estavam voltadas para Palocci, que a presidente frisou que os desafios não a imobilizam e não a tornam uma refém. "Sempre foram eles (desafios) que me fizeram avançar na vida e nenhum de nós pode se tornar refém do medo e da timidez", afirmou. "Somos reféns de nossos sonhos e de nossos compromissos com o Brasil. Por isso, tenho certeza que vamos juntos vencer estes desafios."
Dilma ressaltou que o governo conta com a participação de governadores, prefeitos e da iniciativa privada para garantir os resultados que espera do plano. "Não aceitamos fatalismo de que a miséria existe em toda sociedade. Isso não é realismo, é cinismo", disse.
Outras ações
A presidente Dilma Rousseff disse que o Plano Brasil sem Miséria complementa outras ações de governo para o desenvolvimento do País. Ela citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida, medidas de combate à inflação e o aumento da oferta de emprego.
Dilma ressaltou que a política econômica do atual governo dá sustentação e é sustentada por uma política de combate à miséria. Ela afirmou que, na presidência, está aperfeiçoando um modelo de desenvolvimento que ajudou a construir na época em que foi ministra do governo Lula. A presidente disse que esse modelo mostra um compromisso "profundo" do governo com os mais pobres e com a classe média. Ela avaliou ainda que o combate à pobreza é um passo importante, mas não o único para o desenvolvimento do País.
A presidente afirmou ser necessário implementar outras ações, especialmente em "áreas sofisticadas" como o setor de pesquisas científicas e tecnológicas. Dilma informou que o governo pretende, nos próximos dias, apresentar uma campanha de divulgação do Plano Brasil sem Miséria. "Como é tarefa de todos, vamos fazer campanha de mobilização, sem apelos gratuitos e sem dramatizar a miséria".
Segundo Dilma, o plano difere de ações anteriores na área ao fazer com que o Estado vá atrás dos mais pobres, e não o contrário. "Não vamos mais esperar que os pobres corram atrás do Estado brasileiro. O Estado brasileiro é que deve correr atrás dos pobres".
Dilma disse esperar que ações do plano, como a qualificação profissional, a oferta de crédito e incentivos agrícolas para os beneficiados na área rural, possam permitir que as pessoas deixem o Bolsa Família mais rapidamente.
Brasília - Em meio às denúncias de enriquecimento ilícito do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff disse hoje que a crise mais permanente é a pobreza. "Se somos capazes de dar atenção a problemas e crises, não podemos esquecer da crise mais permanente, do problema maior e mais angustiante, que é termos a pobreza crônica instalada no País", afirmou.
Ela fez a declaração no discurso lido na solenidade de lançamento do Plano Brasil sem Miséria, no Palácio do Planalto. Palocci participou do evento, mas não fez discurso nem deu entrevista. Já Dilma, em sua fala, citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas vezes e ressaltou o empenho do atual governo para tirar da pobreza extrema 16,2 milhões de pessoas.
Foi no momento em que falava desse combate à miséria, na solenidade em que as atenções estavam voltadas para Palocci, que a presidente frisou que os desafios não a imobilizam e não a tornam uma refém. "Sempre foram eles (desafios) que me fizeram avançar na vida e nenhum de nós pode se tornar refém do medo e da timidez", afirmou. "Somos reféns de nossos sonhos e de nossos compromissos com o Brasil. Por isso, tenho certeza que vamos juntos vencer estes desafios."
Dilma ressaltou que o governo conta com a participação de governadores, prefeitos e da iniciativa privada para garantir os resultados que espera do plano. "Não aceitamos fatalismo de que a miséria existe em toda sociedade. Isso não é realismo, é cinismo", disse.
Outras ações
A presidente Dilma Rousseff disse que o Plano Brasil sem Miséria complementa outras ações de governo para o desenvolvimento do País. Ela citou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida, medidas de combate à inflação e o aumento da oferta de emprego.
Dilma ressaltou que a política econômica do atual governo dá sustentação e é sustentada por uma política de combate à miséria. Ela afirmou que, na presidência, está aperfeiçoando um modelo de desenvolvimento que ajudou a construir na época em que foi ministra do governo Lula. A presidente disse que esse modelo mostra um compromisso "profundo" do governo com os mais pobres e com a classe média. Ela avaliou ainda que o combate à pobreza é um passo importante, mas não o único para o desenvolvimento do País.
A presidente afirmou ser necessário implementar outras ações, especialmente em "áreas sofisticadas" como o setor de pesquisas científicas e tecnológicas. Dilma informou que o governo pretende, nos próximos dias, apresentar uma campanha de divulgação do Plano Brasil sem Miséria. "Como é tarefa de todos, vamos fazer campanha de mobilização, sem apelos gratuitos e sem dramatizar a miséria".
Segundo Dilma, o plano difere de ações anteriores na área ao fazer com que o Estado vá atrás dos mais pobres, e não o contrário. "Não vamos mais esperar que os pobres corram atrás do Estado brasileiro. O Estado brasileiro é que deve correr atrás dos pobres".
Dilma disse esperar que ações do plano, como a qualificação profissional, a oferta de crédito e incentivos agrícolas para os beneficiados na área rural, possam permitir que as pessoas deixem o Bolsa Família mais rapidamente.