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PIB da Argentina deve ter uma alta de apenas 0,1% no trimestre

O número deve refletir uma recuperação mais difícil do que a inicialmente prevista pelo presidente Mauricio Macri

MAURICIO MACRI: demora em reação da economia tem aumentado impopularidade do seu governo /
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2017 às 06h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h42.

Enquanto o Brasil mostrou um crescimento econômico de 1% no primeiro trimestre, a vizinha Argentina deve mostrar números ainda piores nesta quarta-feira. A expectativa é de que o PIB do país tenha uma alta de 0,1% no primeiro trimestre em comparação com os três meses anteriores. Já na comparação com o mesmo período de 2016, o resultado deve ser uma queda de 0,5%.

Os números refletem uma recuperação mais difícil do que a inicialmente prevista por Mauricio Macri, quando assumiu a presidência em dezembro de 2015. A inflação do país continua em alarmantes 24% (ante os 30% do fim de 2015) e a taxa de desemprego está em 9,2%. Algumas das reformas de Macri destinadas a reduzir o déficit e incentivar o investimento, incluindo deixar o peso flutuar e cortar os subsídios, aprofundaram a recessão ao destruir o poder de compra dos consumidores.

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A frustração popular com essas políticas cresceu ao longo deste ano e os protestos se espalharam pelo país. O desenvolvimento da economia neste ano é fundamental para o governo Macri, que está de olho nas eleições legislativas que acontecerão no país em 22 de outubro. Na ocasião, seu partido Cambienos buscará ampliar sua presença no Congresso para aprovar as medidas de Macri sem depender tanto da negociação com outros partidos. O governo argentino se apoia cada vez mais nos dados econômicos para seguir em frente, algo que soa bastante familiar para o brasileiro.

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