Economia

Lula se diz perplexo com repercussão de visita de Dilma

Dizendo-se "perplexo" com a repercussão da visita da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) à inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, ontem, na Baixada Fluminense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu hoje em defesa da ministra. Em entrevista à rádio evangélica Melodia FM, com sede no Rio de Janeiro, o presidente sustentou […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Dizendo-se "perplexo" com a repercussão da visita da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) à inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, ontem, na Baixada Fluminense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu hoje em defesa da ministra. Em entrevista à rádio evangélica Melodia FM, com sede no Rio de Janeiro, o presidente sustentou ter havido "uma distorção de informação" sobre a participação da ministra no evento e classificou parte da cobertura da imprensa como "desinformada" e de "baixo nível".

"Estou perplexo de ter visto em um jornal que deram mais destaque à visita da dona Dilma a uma obra que não é do governo federal do que à importância do Hospital da Mulher", criticou. "Quando a pessoa, em vez de dar a informação, se preocupa em politizar de forma desinformada, e eu diria até de certo baixo nível, realmente o povo fica sem saber o que está acontecendo.

A pré-candidata do PT à Presidência da República foi recebida ontem com festa na inauguração do hospital em São João de Meriti. Faixas e carros de som agradeciam o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a petista pela obra, ainda que o hospital não tenha recebido recursos do governo federal. O presidente defendeu a participação da ministra no evento.

De acordo com Lula, "qualquer pessoa de bom senso" sabe da contribuição indireta do governo federal na construção do hospital. "Por que o governo do Rio de Janeiro teve dinheiro para construir um hospital dessa magnitude?", questionou. "É porque a parceria entre os governos estadual e federal permitiu que nós investíssemos dinheiro em outras áreas. Assim, desafogamos o Estado para que ele fizesse esse investimento. Qualquer pessoa medíocre analisaria assim.

Pré-sal

Na entrevista de cerca de 45 minutos, o presidente discorreu ainda sobre o projeto de lei do regime de partilha dos recursos pré-sal, sobre os investimentos para a Olimpíada 2016, que terá sede na capital fluminense, e sobre a legalização das drogas no País. Endossado por Cabral, que acompanhou o petista na entrevista, Lula defendeu a divisão diferenciada dos recursos da exploração do pré-sal entre Estados produtores e não produtores.

"Os Estados produtores têm o direito de receber um pouco mais pelos recursos", disse o presidente. "Há condições de todos receberem um pouco e de Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, por exemplo, receberem um pouco mais. Não podemos permitir que haja uma guerra entre Estados e municípios por recursos do pré-sal.

Perguntado sobre os investimentos do governo federal na promoção da Olimpíada de 2016, o presidente pediu tranquilidade aos brasileiros. De acordo com ele, o Rio de Janeiro tem condição de organizar os melhores Jogos Olímpicos "já feitos até agora". "É um questão de honra provar que temos condições de fazer uma Olimpíada", afirmou. "Já estamos discutindo sobre o assunto e não deveremos nada a ninguém.

Dia da mulher

Em razão das comemorações do Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, o presidente parabenizou todas as brasileiras e aproveitou para elogiar a ministra Dilma Rousseff, que entrava naquele momento no estúdio em que era gravada a entrevista. "Hoje é importante compreender que é Dia Internacional da Mulher dia das guerreiras do mundo", exaltou. "E por falar em mulher, acaba de chegar a nossa querida ministra Dilma Rousseff", enalteceu. Hoje, o presidente visita, ao lado de Dilma, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na favela da Rocinha no Rio.

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