Levy defende debates abertos sobre cortes de gastos em 2016
Segundo ministro, assim que for resolvida a questão fiscal, a economia do país poderá reagir em seis meses
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2015 às 18h50.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou nesta quinta-feira, 5, que em 2016 o Brasil terá de discutir abertamente os pontos onde o governo pode cortar seus gastos.
Segundo ele, para isso precisará haver vontade política, consciência da sociedade sobre a importância do ajuste fiscal , e também de seus representantes no Congresso.
"Temos de discutir o que dá pra cortar. O governo já está fazendo reformas importantes, de médio prazo, no lado dos gastos", afirmou. Ele acrescentou que é preciso discutir o lado das receitas também.
"No curto prazo, a maior parte dos países, para se manter, tem de fazer alguma coisa no lado dos impostos. Mas certamente no Brasil a proposta não pode ser resolver com impostos apenas", afirmou.
O ministro reforçou que a meta de superávit primário para o próximo ano é a que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 0,7% do PIB.
Em relação à proposta de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro disse que ela representa uma arrecadação de quase R$ 32 bilhões, o que equivale ao tamanho do Bolsa Família ou dos gastos com seguro-desemprego.
"Se não tivermos determinado recurso, vamos ter de descobrir o que vamos deixar de gastar. Mas a vida vai ser mais difícil, vai trazer intranquilidade para as empresas e para a maneira como vão olhar o Brasil".
O ministro ressaltou que a CPMF é provisória, uma "ponte fiscal" para o futuro, mas destacou que o imposto tem algumas características importantes, como sua cobrança automática, que praticamente impossibilita a evasão, e também sua transparência.
Falando na Fiesp, que tem feito forte campanha contra a volta do imposto, ele lembrou que em 1999 esse imposto que eles chamam de "monstro" ajudou a melhorar as contas públicas.
"Resolvido o ajuste fiscal, teremos um ano muito bom para a indústria brasileira", argumentou.
Segundo o ministro, não há fórmula mágica para solucionar o Orçamento, "não há dinheiro fácil encontrado no final do arco-íris".
São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , afirmou nesta quinta-feira, 5, que em 2016 o Brasil terá de discutir abertamente os pontos onde o governo pode cortar seus gastos.
Segundo ele, para isso precisará haver vontade política, consciência da sociedade sobre a importância do ajuste fiscal , e também de seus representantes no Congresso.
"Temos de discutir o que dá pra cortar. O governo já está fazendo reformas importantes, de médio prazo, no lado dos gastos", afirmou. Ele acrescentou que é preciso discutir o lado das receitas também.
"No curto prazo, a maior parte dos países, para se manter, tem de fazer alguma coisa no lado dos impostos. Mas certamente no Brasil a proposta não pode ser resolver com impostos apenas", afirmou.
O ministro reforçou que a meta de superávit primário para o próximo ano é a que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 0,7% do PIB.
Em relação à proposta de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ministro disse que ela representa uma arrecadação de quase R$ 32 bilhões, o que equivale ao tamanho do Bolsa Família ou dos gastos com seguro-desemprego.
"Se não tivermos determinado recurso, vamos ter de descobrir o que vamos deixar de gastar. Mas a vida vai ser mais difícil, vai trazer intranquilidade para as empresas e para a maneira como vão olhar o Brasil".
O ministro ressaltou que a CPMF é provisória, uma "ponte fiscal" para o futuro, mas destacou que o imposto tem algumas características importantes, como sua cobrança automática, que praticamente impossibilita a evasão, e também sua transparência.
Falando na Fiesp, que tem feito forte campanha contra a volta do imposto, ele lembrou que em 1999 esse imposto que eles chamam de "monstro" ajudou a melhorar as contas públicas.
"Resolvido o ajuste fiscal, teremos um ano muito bom para a indústria brasileira", argumentou.
Segundo o ministro, não há fórmula mágica para solucionar o Orçamento, "não há dinheiro fácil encontrado no final do arco-íris".