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Leilão deve apresentar resultado expressivo, diz Aneel

Na avaliação do diretor da Agência, se o próximo leilão não resultar em sucesso para todos os lotes, alternativas terão de ser pensadas

Energia: "houve um esforço para aumentar a rentabilidade dos investimentos, para atrair investidores", comentou Correia (Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 12h32.

São Paulo - O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ), Tiago Correia, disse nesta quinta-feira, 29, que espera resultados mais expressivos no próximo leilão de transmissão, marcado para o dia 28 de outubro.

"Houve um esforço para aumentar a rentabilidade dos investimentos, para atrair investidores", comentou, lembrando que a receita anual permitida dos projetos passou por um aumento significativo, da ordem de 13%, com uma estimativa de taxa de retorno do acionista de 11%, líquido de imposto e inflação.

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"Não é pouco", avaliou, acrescentando que o retorno do investimento seria feito em cinco anos a partir do início da operação.

Ele lembrou, também, das mudanças realizadas recentemente nos contratos, que reduziram os riscos associados, seja por passar a apresentar cláusulas mais claras, seja por antecipar qual vai ser a solução se alguns dos riscos se efetivarem.

É o caso, por exemplo, de riscos associados a judicialização de questões fundiárias, em que haveria o reconhecimento do atraso, com a devolução do prazo ao final do contrato de concessão.

As alterações foram feitas após a Aneel verificar que os leilões de transmissão passaram a não contratar todos os lotes ofertados.

Correia comentou que a expectativa é de que empresas de transmissão que tinham se afastado dos certames voltem à disputa e também que novos grupos nacionais e internacionais entrem no leilão.

"R$ 30 bilhões é demais (para os competidores habituais)", disse, referindo-se ao volume de investimentos previstos nos novos lotes de transmissão.

Para ele, a rentabilidade que será oferecida está em um patamar extraordinário e não deve se manter por muito tempo. "Esperamos uma movimentação de novos agentes para aproveitar essa janela de oportunidade, que não é muito longa, de um ou dois anos", afirmou.

Na avaliação de Correia, se o próximo leilão não resultar em sucesso para todos os lotes, alternativas terão de ser pensadas.

"Para conectar geração não tem muito como fazer, mas para carga há alternativas", disse, apontando para a possibilidade de armazenamento de energia. A Aneel já abriu uma chamada pública sobre a questão para discutir o assunto.

O diretor da Aneel participa do evento Energia no Brasil: Perspectivas do Setor, promovido pela S&P Global, BM&FBovespa e Apimec.

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