Exame Logo

Juros subirão com inflação maior, diz Mendonça de Barros

Segundo o ex-secretário de Política Econômica, o IPCA deve subir perto de 6% neste ano

De acordo com o ex-secretário, uma das causas da alta da inflação recentemente foi a desvalorização do câmbio registrada no ano passado (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h35.

São Paulo - O ex-secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, disse que o aumento da inflação registrado recentemente deve levar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (Selic).

"Isso deve acontecer não só por causa da inflação, que está subindo, mas também para coordenar expectativas", comentou, referindo-se às impressões de mercado sobre a tendência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano.

Segundo ele, este índice de preços ao consumidor deve subir perto de 6% neste ano. Em palestra em São Paulo, Mendonça de Barros não detalhou quando o Banco Central deve começar a elevar a Selic nem de quanto deverá ser o aumento neste ano.

De acordo com o ex-secretário, uma das causas da alta da inflação recentemente foi a desvalorização do câmbio registrada no ano passado. "Tentar mudar o câmbio no grito sempre provoca inflação", disse. "As autoridades do governo avaliaram, talvez com certa ingenuidade, que uma mudança expressiva do patamar de câmbio não gerasse inflação. Não foi o que aconteceu".

Segundo ele, no final do ano passado, depois que a cotação do câmbio atingiu pouco mais de R$ 2,10, fontes oficiais sinalizaram que a cotação poderia chegar a R$ 2,25. "E depois autoridades do governo manifestaram que o câmbio iria para um valor mais próximo de R$ 2,05, até atingir o patamar atual", destacou.

Veja também

São Paulo - O ex-secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, disse que o aumento da inflação registrado recentemente deve levar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros (Selic).

"Isso deve acontecer não só por causa da inflação, que está subindo, mas também para coordenar expectativas", comentou, referindo-se às impressões de mercado sobre a tendência do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano.

Segundo ele, este índice de preços ao consumidor deve subir perto de 6% neste ano. Em palestra em São Paulo, Mendonça de Barros não detalhou quando o Banco Central deve começar a elevar a Selic nem de quanto deverá ser o aumento neste ano.

De acordo com o ex-secretário, uma das causas da alta da inflação recentemente foi a desvalorização do câmbio registrada no ano passado. "Tentar mudar o câmbio no grito sempre provoca inflação", disse. "As autoridades do governo avaliaram, talvez com certa ingenuidade, que uma mudança expressiva do patamar de câmbio não gerasse inflação. Não foi o que aconteceu".

Segundo ele, no final do ano passado, depois que a cotação do câmbio atingiu pouco mais de R$ 2,10, fontes oficiais sinalizaram que a cotação poderia chegar a R$ 2,25. "E depois autoridades do governo manifestaram que o câmbio iria para um valor mais próximo de R$ 2,05, até atingir o patamar atual", destacou.

Acompanhe tudo sobre:EconomistasEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoJosé Roberto Mendonça de BarrosJurosSelic

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame