Economia

Ipea estima PIB brasileiro muito abaixo de 2010

Segundo documentos divulgados hoje, valor do crescimento de 2011 deve ficar bem abaixo dos 7,5% registrados no ano anterior

Segundo o IBGE, o PIB não apresentou crescimento no terceiro trimestre de 2011 (Getty Images)

Segundo o IBGE, o PIB não apresentou crescimento no terceiro trimestre de 2011 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 19h49.

Rio de Janeiro - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2011 deve ficar bem abaixo dos 7,5% registrados no ano anterior, segundo documento divulgado hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para os pesquisadores, os desdobramentos da crise europeia podem continuar definindo os rumos da economia brasileira este ano. O comunicado do Ipea alerta que essa influência será sentida mesmo com a manutenção dos fundamentos sólidos que permitiram a recuperação do Brasil na crise financeira em 2008.

No ano passado, a crise no velho continente, aliada a outros fatores como “taxa de câmbio que continuou a se apreciar em 2011, aperto monetário, a política fiscal mais conservadora em 2011 em relação a 2010 e o acúmulo indesejado de estoques pioraram as expectativas dos empresários e consumidores sobre o comportamento futuro da economia e elevaram as incertezas”, destaca o documento.

No terceiro trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) não apresentou crescimento, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comunicado do Ipea lembra que este é o pior resultado da economia brasileira, desde o primeiro trimestre de 2009, registrando forte desaceleração em relação ao período anterior, quando o PIB havia crescido 0,7%.

“Com isso, a taxa de expansão média dos últimos cinco trimestres se reduziu para 0,6%, aumentando o contraste em relação ao desempenho observado no período que marcou a recuperação da economia frente à recessão técnica provocada pela crise financeira global, quando o PIB cresceu a uma taxa média de 2,1%”, diz o comunicado.

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