IPC-S acelera em março puxado por Alimentação, diz FGV
Em março, o indicador fechou com alta de 0,60%
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2012 às 13h48.
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a alta para 0,60 por cento na quarta quadrissemana de março, que corresponde ao fechamento do mês, puxado por Alimentação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
Em fevereiro, o indicador havia fechado com alta de 0,24 por cento. Na terceira quadrissemana de março, o IPC-S apresentou elevação de 0,51 por cento. Com o fechamento do mês, o indicador acumula alta de 1,66 por cento no ano e de 5,50 por cento nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
Em abril, o IPC-S deve continuar pressionado, segundo o economista da Fundação André Braz. A previsão é que o indicador tenha uma pequena aceleração no começo de abril e feche o mês perto dos 0,60 por cento de março.
O índice vai captar altas de preços em remédios, vestuário(mudança de coleção), tarifas de táxi no Rio de Janeiro e taxas de água e esgoto, além dos efeitos do aumento no salário mínimo sobre o custo da mão de obra.
"O IPC-S tomou um rumo diferente no fim de março", disse Braz. "Tinha muita queda forte que está indo embora, como no caso de alguns alimentos; e vem por aí pressão de (preços) administrados sustentando o IPC-S no mesmo patamar", acrescentou.
"Temos que acompanhar a velocidade de aceleração dos alimentos para saber se o índice vai ficar no patamar de março ou se ele pode subir até um pouco mais", afirmou o economista da FGV.
Classes de despesas
Na última quadrissemana do mês, todas as sete classes de despesas que compõem o índice apresentaram ganhos em relação à terceira quadrissemana. O grupo Alimentação deu a principal contribuição para o avanço do IPC-S, com alta de 0,63 por cento na quarta quadrissemana, ante 0,52 por cento na terceira.
Destacou-se, nesse grupo, o comportamento dos itens carnes bovinas (-2,06 por cento para -1,05 por cento), laticínios (0,17 por cento para 0,49 por cento) e carnes e peixes industrializados (0,51 por cento para 1,04 por cento).
Já o grupo Vestuário acelerou a alta de 0,27 por cento na terceira quadrissemana para 0,61 por cento na quarta. Educação, Leitura e Recreação passou de 0,28 por cento para 0,46 por cento agora.
Saúde e Cuidados Pessoais acelerou a alta de 0,60 por cento na última apuração para 0,71 por cento no fechamento de março. Em Comunicação, os preços passaram de um recuo de 0,28 por cento na terceira quadrissemana para uma deflação de 0,21 por cento na quarta.
Os preços em Transportes aceleraram a alta de 0,20 por cento para 0,26 por cento, enquanto Despesas Diversas passou de 0,12 por cento para 0,14 por cento e Habitação, de 1,02 por cento para 1,03 por cento.
Projeções do BC
O Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, divulgado pela autoridade monetária na última quinta-feira, prevê que a inflação deste ano ficará em 4,4 por cento -abaixo do centro da meta oficial, de 4,5 por cento pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2013, no entanto, o BC piorou sua estimativa, que subiu de 4,7 por cento para 5,2 por cento.
O IPCA de março será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quinta-feira. O indicador de fevereiro ficou em 0,45 por cento.
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a alta para 0,60 por cento na quarta quadrissemana de março, que corresponde ao fechamento do mês, puxado por Alimentação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
Em fevereiro, o indicador havia fechado com alta de 0,24 por cento. Na terceira quadrissemana de março, o IPC-S apresentou elevação de 0,51 por cento. Com o fechamento do mês, o indicador acumula alta de 1,66 por cento no ano e de 5,50 por cento nos últimos 12 meses, de acordo com a FGV.
Em abril, o IPC-S deve continuar pressionado, segundo o economista da Fundação André Braz. A previsão é que o indicador tenha uma pequena aceleração no começo de abril e feche o mês perto dos 0,60 por cento de março.
O índice vai captar altas de preços em remédios, vestuário(mudança de coleção), tarifas de táxi no Rio de Janeiro e taxas de água e esgoto, além dos efeitos do aumento no salário mínimo sobre o custo da mão de obra.
"O IPC-S tomou um rumo diferente no fim de março", disse Braz. "Tinha muita queda forte que está indo embora, como no caso de alguns alimentos; e vem por aí pressão de (preços) administrados sustentando o IPC-S no mesmo patamar", acrescentou.
"Temos que acompanhar a velocidade de aceleração dos alimentos para saber se o índice vai ficar no patamar de março ou se ele pode subir até um pouco mais", afirmou o economista da FGV.
Classes de despesas
Na última quadrissemana do mês, todas as sete classes de despesas que compõem o índice apresentaram ganhos em relação à terceira quadrissemana. O grupo Alimentação deu a principal contribuição para o avanço do IPC-S, com alta de 0,63 por cento na quarta quadrissemana, ante 0,52 por cento na terceira.
Destacou-se, nesse grupo, o comportamento dos itens carnes bovinas (-2,06 por cento para -1,05 por cento), laticínios (0,17 por cento para 0,49 por cento) e carnes e peixes industrializados (0,51 por cento para 1,04 por cento).
Já o grupo Vestuário acelerou a alta de 0,27 por cento na terceira quadrissemana para 0,61 por cento na quarta. Educação, Leitura e Recreação passou de 0,28 por cento para 0,46 por cento agora.
Saúde e Cuidados Pessoais acelerou a alta de 0,60 por cento na última apuração para 0,71 por cento no fechamento de março. Em Comunicação, os preços passaram de um recuo de 0,28 por cento na terceira quadrissemana para uma deflação de 0,21 por cento na quarta.
Os preços em Transportes aceleraram a alta de 0,20 por cento para 0,26 por cento, enquanto Despesas Diversas passou de 0,12 por cento para 0,14 por cento e Habitação, de 1,02 por cento para 1,03 por cento.
Projeções do BC
O Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, divulgado pela autoridade monetária na última quinta-feira, prevê que a inflação deste ano ficará em 4,4 por cento -abaixo do centro da meta oficial, de 4,5 por cento pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2013, no entanto, o BC piorou sua estimativa, que subiu de 4,7 por cento para 5,2 por cento.
O IPCA de março será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quinta-feira. O indicador de fevereiro ficou em 0,45 por cento.