Economia

Intenção de Consumo das Famílias aumenta em setembro

Para o economista da CNC Bruno Fernandes, a melhora no mês deve-se a um avanço positivo no quadro da inflação, que registrou leve declínio.


	Árvore de Natal: economista previu um consumo moderado para este Natal. “A gente espera consumo mais moderado do que registrado no ano passado. Será um Natal bom"
 (Getty Images)

Árvore de Natal: economista previu um consumo moderado para este Natal. “A gente espera consumo mais moderado do que registrado no ano passado. Será um Natal bom" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 16h33.

Rio de Janeiro – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aumentou 2,3% em setembro, comparado com agosto, mas recuou 7% em relação a setembro de 2012. Os dados foram divulgados hoje (18) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para o economista da CNC Bruno Fernandes, a melhora no mês deve-se a um avanço positivo no quadro da inflação, que registrou leve declínio.

“O ponto principal desta pesquisa é que, desde dezembro de 2012, é a primeira vez no ano que se tem todos os componentes com resultados favoráveis na avaliação mensal. Isso se atribui a alguns pontos, incluindo o alívio pontual da inflação, fazendo com que as famílias se sintam mais otimistas em relação à renda e ao consumo”, explicou Fernandes.

Apesar da melhora no mês atual, o houve piora na comparação com setembro de 2012. Para o economista, isso decorre do fim da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incidia na linha branca de eletrodomésticos e também nos automóveis.

Segundo ele, outros fatores que levaram à piora este ano são o aumento na taxa básica de juros, encarecendo o crédito ao consumidor, e o câmbio mais valorizado, tornando mais caros os produtos importados.

Um dos pontos positivos citados pelo economista é a redução no volume de dívidas das famílias, o que acaba favorecendo novas compras: “O endividamento vem seguindo uma trajetória favorável, com uma diminuição daqui para a frente”.

Por causa disso, Fernandes previu um consumo moderado para este Natal. “A gente espera um consumo mais moderado do que o registrado no ano passado. Será um Natal bom. Não será recessivo, mas não [será] tão favorável quando o de 2012.”

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