Economia

Inglaterra diz que Brasil é uma das prioridades entre emergentes

Brasília - O ministro das Relações Exteriores da Inglaterra, William Hague, afirmou hoje (1º) que o Brasil está entre as prioridades da política externa inglesa na lista de países emergentes. Hague disse ainda que o seu país quer abandonar a política externa tradicional para reconhecer novas oportunidades e tirar vantagens de ligações com diferentes partes […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores da Inglaterra, William Hague, afirmou hoje (1º) que o Brasil está entre as prioridades da política externa inglesa na lista de países emergentes. Hague disse ainda que o seu país quer abandonar a política externa tradicional para reconhecer novas oportunidades e tirar vantagens de ligações com diferentes partes do mundo. As informações são da agência BBC Brasil.

Segundo o ministro, razões econômicas são um dos pontos que pressionam por uma mudança no foco da política externa do país. "O poder econômico e as oportunidades econômicas estão se movendo para países do Leste e do Sul; para as potências emergentes, o Brasil, a Índia, China e Ásia, e para economias crescentemente significativas como a Turquia e a Indonésia", disse.

No cargo há menos de dois meses, Hague – que integra a equipe de coalizão liderada pelo primeiro-ministro, David Cameron (Partido Conservador) – afirmou ainda que o seu país precisa aumentar "sua influência e seu alcance global".

"Posto de maneira simples, o mundo mudou e, se não mudarmos com ele, o papel da Grã-Bretanha vai declinar", disse.

Anteriormente, Hague afirmou que "a verdadeira ação econômica no mundo está acontecendo no Brasil, na Índia, na China e nos Estados do Golfo [Pérsico], e esses são os lugares com os quais precisamos nos conectar de maneira mais forte do que jamais tentamos".

Apesar da posição tradicionalmente cética dos conservadores ingleses em relação à integração europeia, Hague disse também que o governo buscará aumentar a sua influência sobre a União Europeia, questão supostamente negligenciada nos 13 anos de governo do Partido Trabalhista, de acordo com ele.

O ministro afirmou ainda que a mudança de curso não significa o abandono da "relação especial" da Inglaterra com os Estados Unidos - países ligados, segundo ele, pela história e pelos valores e interesses comuns, além de "suas economias fortemente interligadas e hábitos fortes de trabalhar juntos em todos os níveis".

Em seu discurso, Hague citou as previsões de que até 2050 as economias emergentes serão 50% maiores do que as do G7 (grupo tradicional dos sete países mais industrializados do mundo, incluindo a Grã-Bretanha). Ele observou que hoje o seu país exporta mais para a Irlanda do que para a Índia, China e Rússia, juntas.

Hague observou ainda que a Inglaterra apoia o anseio de alguns países emergentes, entre eles o Brasil, de se beneficiarem de uma eventual expansão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, afirmando que o "círculo de tomada de decisões internacionais está se tornando mais amplo e mais multilateral".

"A visão das potências emergentes é crítica para nossa habilidade de lidar com a reforma econômica global, proliferação nuclear, mudanças climáticas e a segurança energética, mas elas não concordam sempre com nossa posição em relação a esses problemas quando eles aparecem na ONU [Organização das Nações Unidas] e em outros lugares, tornando ainda mais necessário que nossa diplomacia seja enérgica e robusta", disse.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércioComércio exteriorDados de BrasilDiplomaciaEuropaPaíses emergentesPaíses ricosReino Unido

Mais de Economia

China lidera mercado logístico global pelo nono ano consecutivo

China lidera mercado logístico global pelo nono ano consecutivo

Indústria de alta tecnologia amplia sua produção pela primeira vez desde 2018

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio